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Consumo

No meio do Pantanal, desafio de alunos é criar mercado vegano

Enquanto “norma” em MS é pensar só em carne, professora decidiu falar sobre outras realidades com alunos

Por Aletheya Alves | 16/11/2024 07:30
Lego utilizado pelos alunos para colocar a ideia em prática. (Foto: Divulgação/UFMS)
Lego utilizado pelos alunos para colocar a ideia em prática. (Foto: Divulgação/UFMS)

Apesar de o veganismo ser um assunto que tem se tornado mais conhecido, imaginar um mercado inteiro composto apenas por itens sem origem animal é algo complicado em Mato Grosso do Sul. Partindo justamente da ideia desafiadora, a professora Joice Chiareto, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), resolveu levar a ideia aos alunos do curso de Administração no câmpus Pantanal.

Apresentando o curso como bastante teórico, a professora explica que os alunos precisavam colocar os conteúdos em prática. Por isso, nasceu a ideia de criar um mercado, considerando a importância desse setor, e incluir a curiosidade do veganismo.

“Ao mesmo tempo, decidi que seria necessário incluir um elemento de desafio na atividade, por isso o supermercado seria restrito à venda de produtos veganos. Como a região é muito focada no consumo de carne, é uma oportunidade para eles pesquisarem, terem algum contato com outra realidade e conhecerem outros padrões de consumo, que é muito importante para a formação do administrador”, descreve.

Alunos durante a produção de "maquetes" do supermercado vegano. (Foto: Divulgação/UFMS)
Alunos durante a produção de "maquetes" do supermercado vegano. (Foto: Divulgação/UFMS)

Para a disciplina, a professora aproveitou um edital da UFMS que permitiria a compra de equipamentos. Com intuito de deixar tudo mais lúdico, peças de lego foram adquiridas para criar maquetes dos mercadinhos veganos.

Durante as aulas, a sala aprendeu sobre questões teóricas de decisões e requisitos, falaram sobre layout e, na terceira etapa, começaram a pesquisar sobre os produtos disponíveis.

“A partir da atividade, os estudantes conseguiram desenvolver melhor as habilidades manuais e o pensamento espacial. Além disso, conseguimos estimular as pesquisas sobre produtos e mercados pouco difundidos na região do Pantanal, na qual o consumo e comércio de carne e produtos de origem animal é muito grande”, comenta a professora.

Na prática, o conhecimento sobre o que há de origem vegetal disponível em Mato Grosso do Sul também foi aplicado. Hoje, em Campo Grande, marcas como Fazenda Futuro, os itens da “Incrível” e “Verdali” estão à venda.

Inclusive, para quem não conhece, há “frango” e “mignon” vegetal, além de macarrões e outros tipos de proteínas sem origem animal. Os preços são bastante variados, sendo que um dos exemplos são Nuggets da Sadia, que custam em média R$ 14.

Para além dos industrializados, há também outros itens como tofu, leites vegetais e cereais.

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