Casal quer dar fim à mesa, para ter no “puxadinho” a coxinha gostosa
Maria levanta às 4h da madrugada para preparar coxinha de mandioca e realizar o sonho de ter uma lanchonete
Eles já tentaram enviar a história de vida para tudo quanto é programa de auditório conhecido por realizar o sonho de pessoas nesse País, mas nunca tiveram sucesso. Nos últimos dias, amigos decidiram apostar nas mídias locais para que João e Maria realizem o sonho de terminar a reforma do “puxadinho”, que promete abrigar uma lanchonete com a “coxinha mais gostosa do Bairro Pioneiros”.
O casal diz que sonha em ter um “puxadinho” no quintal de casa há quase 20 anos. Mas dívidas nos últimos tempos impossibilitaram o fim da reforma.
O espaço de poucos metros quadrados está erguido com tijolos, mas não tem piso, acabamento, instalação hidráulica ou elétrica, tudo requer mão de obra e material.
Por isso, eles se viram como pode e mantêm a mesinha na porta de casa, na Rua Gaspar Lemos, para vender os salgados. O carro-chefe é a coxinha de mandioca, que o casal não teme em dizer “que é muito disputada”.
A salgadeira Maria Madalena Gonçales, de 51 anos, diz que acorda às 4h da madrugada para assar e fritar os quitutes que foram preparados na noite anterior. A partir das 5h, já tem gente na frente de casa saboreando um ou dois salgados.
Tem gente, segundo o casal, que sai das Moreninhas só para garantir a verdadeira coxinha de mandioca. “Sempre trabalhei com salgados para os outros. Cheguei ser sócia da minha irmã nesse ramo, mas infelizmente, não deu certo. Hoje, faço e vendo em frente de casa, aqui na calçada mesmo”, conta Maria, toda orgulhosa de ter conquistado o olhar da reportagem.
Nem os dias de chuva e sol forte impedem o casal de vender. O companheiro nessa jornada é João Gonçalves, 58 anos, que está casado com ela há 37 anos e ajuda diariamente.
O casal conta que os médicos diagnosticaram João com espondilite anquilosante, um tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões, que podem comprometer os movimentos do corpo ao longo do tempo.
Mesmo assim, João não perde a esperança e sobe na bicicleta para comprar os ingredientes necessários, além de ajudar nas vendas.
Apesar dos dias difíceis, o que mantém Maria e João é a fé de que um dia o “puxadinho” ficará pronto e aconchegante, como nos sonhos dos últimos 20 anos.
Quem quiser contribuir ou saborear os salgados do casal, os telefones para contato são (67) 99240-5889 ou (67) 98168-2683.
Curta o Lado B no Facebook e Twitter. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.