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Sabor

Fazer massa de beiju 'do zero' por horas é tradição que une família

Alimento à base de mandioca é herança deixada por avós; confira a receita passo a passo

Por Natália Olliver | 07/01/2025 07:13

Quem acha que fazer massa de beiju é fácil, nunca esteve na linha de frente na hora da confecção. Para aqueles que amam fazer pão de queijo, tapioca ou bolos com gostinho caseiro, o trabalho pode durar horas. Apesar da dedicação, fazer beiju (massa de mandioca) é tradição na família da professora Francisca Aparecida Rodrigues Lima Roque, de 41 anos. O preparo é mais uma oportunidade de unir gerações e, claro, dar boas risadas, já que o que não falta é tempo até ela ficar pronta.

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Fazer massa de beiju é uma tradição familiar que envolve um processo trabalhoso, mas gratificante, que une gerações. A professora Francisca Aparecida Rodrigues Lima Roque compartilha sua experiência, explicando a diferença entre a massa de beiju, a farinha e a tapioca. O preparo da massa inclui etapas como ralar a mandioca, espremer a água, secar ao sol e peneirar. Após todo o trabalho, a massa pode ser armazenada e utilizada em diversas receitas, sendo uma iguaria que, apesar de rara, traz memórias e sabores caseiros, servida com queijo e café.

Mas afinal o que é beiju? Para não confundir os desavisados, ela logo trata de explicar diferença entre a massa e a farinha, que também é diferente da tapioca vendida no mercado. Segundo a professora, a massa é úmida, grossa e serve para diferentes pratos. A tapioca é apenas o final do processo, feita a partir do polvilho da mandioca. Já a farinha é a massa de beiju torrada.

“Isso une muito a família. Dia de fazer massa de beiju é diversão. A gente faz a massa há muito tempo. Meus avós tinham farinheira, mas o processo era diário, parte da rotina, era o trabalho deles. E no meio do caminho eles faziam a massa para fazer beiju, serviam de lanche, café da manhã ou quando chegava uma visita. A massa fica no meio do processo para fazer a farinha".

Para mostrar que fazer a massa não é para amadores, a influenciadora Glória Maria participou da empreitada e gravou todo o processo. Primeiro é preciso retirar a casca da mandioca e higienizá-la. Depois é hora de ralar.

O passo seguinte envolve muita força e estratégia, espremer a água que fica acumulada após toda a "ralação". Depois, vem a parte de colocar no sol para que a massa seque. Por último, é preciso peneirar.

Depois do trabalhão todo, chegou a penúltima etapa do processo: separar porções para armazenar. Isso pode ser feito em saquinhos ou em potes.

Fazer massa de beiju 'do zero' por horas é tradição que une família
Massa de beiju servida com queijo e café (foto: Arquivo pessoal)

Lembra da água que saiu da etapa de espremer a massa? Não jogue fora porque ela também é aproveitada. O líquido vai virar polvilho e é isso que origina a tapioca vendida no mercado.

Quanto ao consumo, Francisca comenta que a massa dura até três dias na geladeira, mas consegue ficar intacta durante meses no congelador.

"Para preparar é só temperar a massa com pitadas de sal (até que fique com a quantidade de sal da preferência). Colocar 3 colheres de sopa da massa em uma frigideira antiaderente sem untar e deixar assar da mesma forma que se faz uma tapioca. Ela pode ser recheada com queijos, carnes ou manteiga".

Ela ressalta que a massa é raridade e que, mesmo morando em Campo Grande há muitos anos, nunca viu o produto em mercados convencionais ou nenhum outro lugar.

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