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Lado Rural

Comercialização lenta de soja e milho reflete em fretes mais baixos pelo País

Em Mato Grosso do Sul os preços de frete também se encontram menores que os do mesmo período do ano passado

Por José Roberto dos Santos | 24/05/2024 15:40
Caminhões carregados fazem travessia por pedágio em rodovia. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Caminhões carregados fazem travessia por pedágio em rodovia. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O ritmo mais lento da comercialização de soja e milho apresentado neste ano tem influenciado nos preços de fretes praticados no país. Na maioria das praças analisadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) as cotações dos serviços de transporte dos produtos agropecuários se encontram em níveis abaixo do praticado no mesmo período do ano passado. É o que mostra o Boletim Logístico deste mês divulgado pela Conab.

Em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso os preços de frete também se encontram menores que os do mesmo período do ano passado, mas há sinalização de reversão do quadro nos próximos meses. Veja tabela no rodapé desta reportagem.

“Em abril já foi possível observar redução na oferta de caminhões no principal estado produtor de grãos no país, Mato Grosso, em grande parte devido à migração para outros estados, que têm demandado transportes. Além disso, a proximidade do início da colheita de milho, tem feito com que espaços precisem ser liberados nos armazéns. Desta forma, alguma reação tem sido observada no mercado e maiores preços têm sido atribuídos aos fretes rodoviários”, analisa o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. “Em Mato Grosso do Sul, as cotações se mantiveram ainda com tendência de baixa em abril, mas já se começa a registrar ligeiro aumento na movimentação de cargas no período”, pondera.

Exportações 

Mesmo com a comercialização mais lenta, as exportações de soja atingiram, em abril, 14,70 milhões de toneladas contra 12,63 milhões ocorridas no mês anterior, um incremento de 16,3%. A quantidade exportada foi a terceira maior já registrada para um mês em toda a série histórica, apesar dos baixos preços internacionais, do atraso na colheita e das perdas provocadas pelo clima. A China foi o principal importador da oleaginosa brasileira, tendo adquirido praticamente dez milhões de toneladas, correspondente a US$ 4,29 bilhões.

Os estados que mais atuaram nas vendas para exportação foram: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Maranhão.

Já as exportações de milho no último mês atingiram 0,07 milhão de toneladas contra 0,43 milhão, observado no mês passado, e 0,47 milhão, ocorridas no mesmo período de 2023. O principal eixo de escoamento escolhido pelos produtores do cereal também foi o Arco Norte, que exportou 43,7% da movimentação em abril contra 31,8% em Santos.

O periódico mensal coleta dados em dez estados produtores, com análises dos aspectos logísticos do setor agropecuário, posição das exportações dos produtos agrícolas de expressão no Brasil, análise do fluxo de movimentação de cargas e levantamento das principais rotas utilizadas para escoamento da safra. O Boletim traz também informações sobre a movimentação de estoques da Conab, realizada por transportadoras contratadas via leilão eletrônico.

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