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Lado Rural

Estimativa do IBGE para produção agrícola nacional aponta queda de 6,4% em 2024

Safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 295,1 milhões de toneladas, queda de 6,4%

Por José Roberto dos Santos | 15/10/2024 13:50
Agricultor segura espigas de milho durante colheita em MS; seca afetou a produtividade. (Foto: Arquivo/Aprosoja-MS)
Agricultor segura espigas de milho durante colheita em MS; seca afetou a produtividade. (Foto: Arquivo/Aprosoja-MS)

O LSPA (Levantamento Sistemático da Produção Agrícola), divulgado nesta terça-feira (15), pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 295,1 milhões de toneladas em 2024. Trata-se de um valor 6,4% ou 20,2 milhões de toneladas menor do que a safra obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas). Na comparação com agosto, a estimativa registrou queda de 0,4%, com decréscimo de 1,2 milhão de toneladas.

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O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE indica que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 295,1 milhões de toneladas em 2024, uma queda de 6,4% em relação a 2023. A seca prolongada afetou a produção, especialmente em estados como Mato Grosso do Sul e Paraná, enquanto a colheita no Rio Grande do Sul foi prejudicada por enchentes. Apesar das perdas, houve aumento na produção de algodão, arroz, feijão e trigo, enquanto milho e soja apresentaram quedas significativas. Mato Grosso lidera a produção nacional, seguido por Paraná e Rio Grande do Sul.

A área a ser colhida este ano deve ser de 78,7 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 1,1% (817,3 mil hectares a mais) em relação à área colhida em 2023. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 101,3 mil hectares (0,1%).

Seca afetou produção

“Em comparação ao que vimos no ano passado, a safra de 2024 tem mostrado grandes perdas na safra de verão e na segunda safra. Os períodos de seca prolongaram-se e afetaram fortemente a produção em diversos estados, principalmente em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Paraná. Além disso, no Rio Grande do Sul a colheita não aconteceu do jeito que se esperava, pois as enchentes que atingiram o estado em abril e maio deste ano prejudicaram a safra”, destaca o gerente do LSPA, Carlos Barradas. Ele lembra que, mesmo assim, a produção gaúcha apresenta crescimento em relação a 2023.

Os principais destaques negativos da safra 2024 em relação a 2023 são as estimativas da produção de milho e soja. O milho, a soja e o arroz representam 92,1% da estimativa da produção e são responsáveis por 87,2% da área colhida. Na comparação com 2023, houve aumentos na produção estimada do algodão herbáceo em caroço (14,2%), do arroz (2,4%), do feijão (5,5%) e do trigo (9,0%). Por outro lado, soja (-4,9%), milho (-11,0%, sendo -17,4% no milho de 1ª safra e -9,3% no milho de 2ª safra) e sorgo (-8,7%) recuaram.

Ainda frente a 2023, mas no que se refere à área a ser colhida, ocorreu crescimento de 15,6% na do algodão herbáceo (em caroço), de 5,4% na do arroz em casca, de 6,6% na do feijão e de 3,3% na da soja. As áreas de milho (-3,3%, sendo -9,3% no milho 1ª safra e -1,4% no milho 2ª safra), de trigo (-11,9%) e de sorgo (-2,2%) apresentaram quedas.

“A produção de algodão herbáceo (em caroço) estabeleceu novo recorde histórico em setembro, com uma estimativa de 8,8 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 2,7% na comparação com os dados de agosto”, acrescenta Carlos.

MS mantém-se em 5º na produção nacional

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,1%, seguido por Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (12,0%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (7,2%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,3% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, o panorama é o seguinte: Centro-Oeste (49,2%), Sul (26,9%), Nordeste (8,8%), Sudeste (8,7%) e Norte (6,4%).

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