MS leva ILPF, Carne Carbono Neutro e outras experiências sustentáveis para COP26
Estado vai expor tecnologias como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta e Carne Carbono Neutro
Mato Grosso do Sul vai participar oficialmente da COP26 com dois estandes. O MS é um dos estados que integram o Brasil Verde, iniciativa do grupo de Governadores pelo Clima e que está proporcionando foco mundial às iniciativas regionais brasileiras já existentes para a redução das emissões de carbono e de mitigação dos gases de efeito estufa. Encontro começa hoje e vai até 12 de novembro em Glasgow, na Escócia. Autoridades mais de 200 países estarão em Glasgow, na Escócia, participando da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26).
Para o secretário Jaime Verruck (da Semagro-MS), em artigo publicado no portal oficial do governo de MS, “estamos diante de um momento crucial para o planeta e para as futuras gerações, vivenciando eventos climáticos extremos, como a crise hídrica, ondas de calor, incêndios florestais e outras intempéries. Por isso, nenhuma ação do poder público e da sociedade, que tenha impacto sobre o desenvolvimento econômico e social, pode se eximir dos compromissos já assumidos no Acordo de Paris em 2015, a fim de conter o aquecimento global e evitar uma catástrofe climática com sérias consequências sobre as economias e as populações.”
Sustentabilidade – O Estado tem projetos e tecnologias sustentáveis implementados pelo poder público e desenvolvidos em parceria com as instituições de ensino e de pesquisa, muitos deles já demonstrando resultado, como a agricultura de baixo carbono e os 2,5 milhões de hectares de terras no sistema ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), que permitem produtos como a Carne Carbono Neutro. O programa Carne Sustentável do Pantanal, que juntamente com um regramento ambiental moderno, ajuda a proteger o mais importante bioma do Estado.
O secretário cita ainda a recuperação de terras degradadas com o programa Prosolo, que além de reter carbono, promove melhoria na fertilidade e na produtividade. “Já temos empreendimentos industriais Net Zero e que adotam modelos de produção sustentável alinhados com as exigências cada vez mais rígidas do mercado internacional”, relata Verruck em seu artigo.
Tendo como fontes a biomassa e a luz solar Mato Grosso do Sul é praticamente autossuficiente em produção de energia limpa. Através de uma PPP (parceria público privada) em andamento e o Ilumina Pantanal, energia solar chega a 5 mil famílias pantaneiras, que está entre os três cases mundiais finalistas do Solar & Storage Live Awards 2021 e também estará em evidência na COP26.
Todas essas ações e iniciativas serão apresentadas em solenidade com os 360 membros do programa Race to Zero (Corrida para o Zero) e Under 2 Coalition, do qual Mato Grosso do Sul já é integrante e irá assumir, diante das autoridades, o compromisso ousado de se tornar um Estado Carbono Neutro até o ano de 2030, antecipando em 20 anos a meta estabelecida no Acordo de Paris.