ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
JULHO, SEXTA  05    CAMPO GRANDE 22º

Lado Rural

Soja em MS entra na reta final com 4,1 milhões de hectares plantados

Boletim do Siga-MS informa que 97,3% da área prevista para soja foi plantada; replantio é de 107 mil hectares

Por José Roberto dos Santos | 13/12/2023 15:25


Lavoura de soja cultivada há poucos dias no lado sul de Campo Grande, em área ocupada tradicionalmente por pecuária. (Foto: José Roberto dos Santos)
Lavoura de soja cultivada há poucos dias no lado sul de Campo Grande, em área ocupada tradicionalmente por pecuária. (Foto: José Roberto dos Santos)

Com limite estabelecido dentro do chamado zoneamento agrícola, pelo Mapa (Ministério da Agricultura) e Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) para plantar até o dia 24 de dezembro, o cultivo da soja em Mato Grosso do Sul entra na sua reta final com apenas uma semana de atraso em relação ao ciclo passado. Na data de 8 de dezembro, a área plantada alcançou 97,3%.

A região centro está com o plantio mais avançado, com média de 98,8%, enquanto a região norte está com 97,4% e a região sul com 96,9% de média. A área plantada até o momento, conforme estimativa do Projeto Siga-MS (Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio) , é de aproximadamente 4,150 milhões de hectares. A estimativa é que a safra seja 6,5% maior em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo uma área de 4,265 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 54 sacas por hectare, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas.

Afetada pelo clima (calor intenso e falta de chuvas), subiu para 107 mil hectares a área que precisou ser replantada com a soja no Estado. A maior parte do replantio ocorreu na região oeste, com aproximadamente 47,5mil hectares replantados. Segundo boletim do Projeto Siga-MS, que acaba de ser publicado, 89,3% das lavouras de soja no Estado estavam na data de 8 de dezembro em condições consideradas "boas". Apenas 10% das áreas cultivadas estão em condições consideradas "regular".

Gráfico mostra plantio da soja na região centro de MS, onde está mais avançado. (Arte: Boletim Casa Rural/Famasul)
Gráfico mostra plantio da soja na região centro de MS, onde está mais avançado. (Arte: Boletim Casa Rural/Famasul)

Semanalmente a Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), juntamente com o Governo do Estado de MS e a Famasul (Federal da Agricultura e Pecuária de MS), divulgam dados ligados à agricultura estadual. As informações são coletadas pelos técnicos do Siga-MS, enriquecidas com informações apresentadas por satélite e posteriormente divulgadas.

Clima não colaborou neste ano

Historicamente, no projeto Siga-MS, a semeadura da cultura da soja ocorria até a primeira semana de dezembro. No entanto, nesta safra, o clima não colaborou até meados de novembro. Até 27 de outubro, a área plantada era de 45,5%, enquanto a média histórica para este período é de 57,4%, ou seja, mais da metade deveria estar plantada.

Soja plantada em Campo Grande, região centro de MS, é exemplo de que cultura está em boas condições
Soja plantada em Campo Grande, região centro de MS, é exemplo de que cultura está em boas condições

Apesar da escassez de chuvas, o produtor, que já havia adquirido insumos, foi compelido a iniciar o plantio em novembro. No cenário atual, as principais áreas em semeadura são de grande extensão, faltando em média de 10% a 30% para concluir a operação. Os produtores deste perfil tiveram que iniciar o plantio cedo, o que levou ao replantio de algumas áreas, ou foram escalonando a área de acordo com as precipitações que ocorriam. Outro fator impactante no momento são as chuvas abundantes, fazendo com que os produtores aguardem a drenagem para retomar a operação.

Mercado da soja

Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 4 de dezembro de 2023, o Mato Grosso do Sul já havia comercializado 89,20% da safra 2022/23, atraso de 0,08 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2022 para a safra 2021/22.

Ferrugem-asiática

Apesar de não haver até o momento registrado qualquer ocorrência com a ferrugem- asiática, o Mato Grosso do Sul deve manter-se vigilante em relação à doença. O vizinho estado do Paraná já registrou até agora 61 casos da doença, seguido pelo Rio Grande do Sul, com cinco casos, e Santa Catarina e São Paulo, com três casos cada um. A principal estratégia de combate à ferrugem-asiática é o vazio sanitário, que em MS é cumprido à risca pelos agricultores.

Apesar disso, segundo o Consórcio Antiferrugem, no ciclo 2022-2023 o Mato Grosso do Sul registrou 57 casos da doença nas lavouras de soja, espalhados por todas as regiões produtoras.

A ferrugem é relativamente nova no Brasil, foi detectada na safra 2001-2002.Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é considerada a doença mais severa da soja, podendo levar a perdas de até 90% na produtividade quando não controlada

SERVIÇO:

Clique no link abaixo e tenha acesso ao Boletim Casa Rural e acompanhe o andamento do plantio da soja em MS.

539 - BOLETIM SEMANAL CASA RURAL - AGRICULTURA - CIRCULAR 539 12.12.2023.pdf

Nos siga no Google Notícias