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Meio Ambiente

Capivaras são vítimas do desrespeito ao limite de velocidade em avenida

Ricardo Campos Jr. e Guilherme Henri | 22/08/2017 10:38
Capivaras são vítimas do excesso de velocidade na Avenida Hiroshima (Foto: André Bittar)
Capivaras são vítimas do excesso de velocidade na Avenida Hiroshima (Foto: André Bittar)

A falta de sinalização e redutores de tráfego em uma via com cruzamentos pouco movimentados favorecem o abuso de velocidade e tornam vítimas do trânsito animais silvestres na Avenida Hiroshima, entre a Mato Grosso e a Jamil Felix Naglis, na Vila Nascente. Em uma semana, duas capivaras morreram atropeladas no local.

O estado de decomposição das carcaças permite deduzir que uma delas foi atingida durante a madrugada desta terça-feira (22) e a outra há pelo menos uma semana.

“Carros passam em alta velocidade, principalmente na descida. Se não tomar cuidado, atropela até gente. Precisamos urgente de um redutor de velocidade”, disse ao Campo Grande News a comerciante Marlene Rodrigues Pereira, 60 anos, que trabalha vendendo salgados perto do trecho problemático.

Segundo ela, as capivaras passam o dia principalmente em um pesqueiro que existe na região e por isso constantemente são flagradas atravessando a rua. “É uma situação que dá muita dó. Chegam a ser duas, até três capivaras em um mês que são atropeladas”, pontua.

O tenente-coronel Edmilson Queiroz, da PMA (Polícia Militar Ambiental), afirma que a corporação não tem dados sobre atropelamentos de animais em vias urbanas de Campo Grande, mas reconhece que a situação é recorrente em vários pontos da cidade.

“Na verdade, a única orientação que damos é que depende do motorista, que é o ser pensante nesse caso. Nesses locais perto do Parque das Nações, do Sóter, do Lago do Amor na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, ao longo dos parques lineares que margeiam córregos, as pessoas têm que tomar cuidado porque existe a presença de fauna nessas áreas verdes”, pontua.

Segundo ele, em alguns casos, dependendo da velocidade do condutor, a presença dos animais representa até mesmo o risco de acidentes, principalmente para motociclistas, que são mais vulneráveis às batidas.

“Precisamos ter cuidado não apenas pelo animal, mas para evitar o prejuízo material, lesões e até mesmo a morte. Quem pode evitar o acidente, é o motorista”, alerta o policial.

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