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Meio Ambiente

Chuvas de até 70 mm apagam fogo no Pantanal e Bombeiros monitoram área

Militares voltaram a sobrevoar a região na manhã desta sexta-feira (8)

Jones Mário | 08/11/2019 10:00
Precipitações da região pantaneira frearam incêndios florestais (Foto: Divulgação/CBMMS)
Precipitações da região pantaneira frearam incêndios florestais (Foto: Divulgação/CBMMS)

As chuvas que atingiram Corumbá, Miranda e Rio Negro apagaram maior parte dos incêndios florestais no Pantanal Sul-mato-grossense. Em algumas regiões, os relatos são de chuvas de até 70 milímetros.

Empenhado na operação Pantanal 2, o Corpo de Bombeiros sobrevoou as áreas mais atingidas pelo fogo na manhã desta sexta-feira (8) e não encontrou focos de queimadas nas principais frentes de combate.

Estação do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) instalada em Corumbá acumulou 2,2 mm de chuva entre a madrugada e a manhã de hoje. Dadas as proporções do município - 11º maior do País, com 64.900 km² de área - o volume de precipitações em regiões mais afastadas da zona urbana pode ter sido ainda maior. Pela média histórica, são esperados 111,1 mm em novembro.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Miranda, Amarildo Argueiro, as chuvas na cidade começaram por volta das 22h de ontem e acumularam 55 mm até o início da manhã desta sexta. Segundo ele, a estimativa é de que as precipitações na área rural atingiram 70 mm.

Em Rio Negro, o responsável pela Defesa Civil, Eduardo Lopes, revelou que chuvas mais intensas atingiram também as regiões mais afastadas do concentrado urbano.

Já segundo o coordenador da Defesa Civil de Aquidauana, Mário Ravaglia, apontou para 30 mm de chuva no município entre a noite de ontem e a manhã de hoje.

Exceções - Durante sobrevoo dos Bombeiros, um ponto de calor foi identificado próximo à Curva do Leque, em Corumbá. Para o local foram deslocados militares do Distrito Federal, que apoiam o combate aos incêndios florestais no Estado.

Os Bombeiros agora operam nas ações de vigilância e rescaldo do fogo. Por protocolo, o monitoramento para evitar reignição do fogo deve durar 48 horas.

Uma frente de queimada ainda preocupa na região do Parque Estadual do Vale do Ivinhema, leste de Mato Grosso do Sul, lado oposto ao Pantanal. Efetivo dos militares também atua para controlar as chamas na área.

Números - Conforme dados de monitoramento por satélite do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), os primeiros sete dias de novembro somaram 903 focos de fogo registrados em Mato Grosso do Sul.

O ápice foi na segunda-feira (4), com 360 pontos de calor detectados. O número caiu para 140 na terça (5), depois para 26 na quarta (6), e para apenas um foco de queimada nesta quinta-feira (7).

Estimativas do Inpe dão conta de que pelo menos 130 mil hectares foram consumidos pelo fogo entre o fim de outubro e o início deste mês no Pantanal Sul-mato-grossense.

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