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Meio Ambiente

De novo: Rio Formoso fica completamente marrom com o fim da estiagem

Turvamento das águas cristalinas de Bonito volta a se repetir após região receber quase 70 milímetros de chuva

Por Gabriela Couto | 07/11/2024 14:41

Se por um lado as chuvas dos últimos dias na região de Bonito e Jardim fizeram o Rio da Prata ‘renascer’ em trechos que estavam há mais de três meses secos, por outro, ele causa o acúmulo de sedimentos no Rio Formoso mais uma vez.

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As fortes chuvas recentes na região de Bonito, Mato Grosso do Sul, enquanto revitalizaram o Rio da Prata após meses de seca, também causaram a poluição do Rio Formoso, turvando suas águas cristalinas e impactando o turismo local. O problema, que se repete nos últimos anos, tem gerado prejuízo para balneários e frustrado turistas. O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues, afirma que a situação está sendo monitorada e que um convênio com a UFRJ para solucionar o problema está em andamento. O Imasul ainda não se manifestou sobre as medidas que o Estado está tomando para evitar a situação.

Nas últimas 24 horas, mais de 66 milímetros de chuva caíram na região e o turvamento das águas cristalinas do capital do ecoturismo voltou a incomodar os moradores. A cena tem se repetido nos últimos anos e impactado diretamente a economia. Balneários ficam fechados e frustram os turistas que precisam cancelar os passeios.

O Campo Grande News recebeu imagens do trecho do Rio Formoso próxima à chamada ponte do Hermínio e da RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Rancho do Tucano. Ambos mostram o desastre ambiental que já é motivo de investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Resposta – O prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues (PSDB) explicou que a situação está sendo monitorada. “Graças a Deus choveu na região do Bonito, porque estava faltando chuva e o rio estava todo seco. Chuva é bênção. Estamos fazendo um projeto já para evitar o turvamento da água”.

De acordo com ele, o município irá assinar um convênio com a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em parceria com o Estado em breve, mas o resultado deverá demorar um ano para ser apresentado.

“Eu calculo que até dezembro já assinamos esse convênio. Nós estamos fazendo um trabalho já com o Estado com nove máquinas atuando na região há 40 dias. As coisas não se salvam do dia para a noite. Mas esse projeto com certeza vai começar as tratativas de cuidar cada vez mais a preocupação nossa do turvamento das águas”.

Já o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), por meio de nota enviada à reportagem, diz que o fenômeno aconteceu por conta das recentes chuvas torrenciais no município.

"A ocorrência dessas chuvas intensas, após um longo período de estiagem, gera naturalmente um aumento na quantidade de sedimentos transportados para os rios da região. Durante a estiagem prolongada, há grande acúmulo de poeira e sedimentos nas áreas de solo exposto, que, ao serem deslocados pelas chuvas, provocam a turbidez das águas. Este efeito é temporário e tende a se estabilizar com a continuidade das precipitações e com a diminuição dos sedimentos disponíveis para o escoamento".

Por fim, alega permanecer atento às condições ambientais da região e, em parceria com outros órgãos, reforça o monitoramento da qualidade das águas para assegurar que eventuais impactos sejam acompanhados de forma criteriosa.

*Matéria editada às 18h53 para acréscimo de informações. 

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