ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 28º

Meio Ambiente

Erosões e destruição de córrego rendem multa de R$ 50 mil a fazendeiro

Pastagem em área de mata ciliar causou grave prejuízo ambiental

Liana Feitosa | 30/01/2022 11:17
Área degradada devido a plantio irregular de pastagem. (Foto: PMA)
Área degradada devido a plantio irregular de pastagem. (Foto: PMA)

A destruição de matas ciliares e o assoreamento de um córrego em Camapuã, distante 141 km de Campo Grande, geraram multa de R$ 50 mil a um fazendeiro residente em Campo Grande nesta semana.

Segundo a PMA (Polícia Militar Ambiental), a fazenda de Camapuã apresenta grave falta de conservação do solo, que levou ao surgimento de voçorocas de grande proporção, ou seja, erosões graves. Isso se deu, especificamente, pelo plantio de pastagem para pecuária em áreas de matas ciliares, que são áreas protegidas por lei.

As erosões, que abrangem área de aproximadamente 3.000 m², atingiam o lençol freático em algumas partes e os sedimentos levados pelas chuvas causaram o assoreamento quase total de um córrego que passa pela propriedade, deixando apenas uma pequena lâmina d’água em meio ao sedimento.

Sedimentos causaram grave assoreamento de córrego que passa por propriedade. (Foto: PMA)
Sedimentos causaram grave assoreamento de córrego que passa por propriedade. (Foto: PMA)

A autuação ocorreu no mesmo dia (27) em que outro proprietário rural, também residente na capital, foi multado em R$ 50 mil pelo mesmo crime cometido em propriedade localizada em Piraputanga, distrito de Aquidauana distante 122 quilômetros de Campo Grande.

Ainda de acordo com a PMA, a criação de gado e o pisoteamento dos animais na área pioram o problema, e o córrego será totalmente destruído caso não seja realizada recuperação das erosões, assim como das matas ciliares e das nascentes, além da conservação adequada do solo na bacia.

O produtor rural, de 35 anos, responderá por crime ambiental por destruir área de preservação permanente. Se condenado, poderá pegar pena de um a três anos de detenção. O proprietário deverá apresentar um Prada (Projeto de Recuperação de Área Degradada e Alterada) ao órgão ambiental, que interditou a área para proteção e recuperação, ficando proibidas as atividades agrícolas e pecuárias.

Nos siga no Google Notícias