Grupo de Resgate Animal entra em operação nas áreas queimadas do Pantanal
Equipe irá usar armadilhas fotográficas e drone para acompanhar movimentação da fauna após passagem do fogo
Desde sexta-feira (14) integrantes do Gretap (Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal) estão monitorando as áreas queimadas no Pantanal. A operação deu início com sobrevoou um local que as chamas retornaram, após o combate dos brigadistas.
Nesta segunda-feira (17) dois biólogos e uma médica veterinária estão verificando o impacto do fogo em uma região próxima a Ladário e Corumbá. A partir de quarta-feira (19) uma segunda equipe entra em campo para atender áreas mais remotas, na região do Paraguai Mirim.
- Leia Também
- De cima, imagem triste comprova Rio Perdido asfixiado por assoreamento
- Pantanal e leste de MS seguem em alerta para tempo seco nesta segunda-feira
Ao todo serão nove profissionais envolvidos em locais diferentes atuando em campo, nesta primeira semana. Até o momento, repteis e anfíbios foram as primeiras perdas da biodiversidade, conforme já relatado pelos brigadistas. Eles possuem maior dificuldade para empreender fuga.
De acordo com a secretaria operacional do Gretap, médica veterinária e bióloga Paula Helena Santa Rita, o trabalho nos próximos dias será fundamental para ter uma maior dimensão do impacto.
“Faremos instalações de câmeras traps (armadilhas fotográficas) e usaremos drones. Até o momento não houve notificação de perda da megafauna e nem há necessidade de aporte nutricional imediato. Os relatos são de batidas (pegadas) nos aceiros. Os animais caíram nos corredores e conseguiram fugir”, explica.
Aceiros, são caminhos abertos na mata para funcionar como rota de fuga e também auxiliar no combate ao fogo, evitando a propagação do incêndio. A preocupação maior neste momento são os animais que ficam cercados nas baías. “O trabalho é evitar que o fogo cerque as baías. Porque se ele passar, os animais vão acabar sucumbindo”.
O Gretap é a união de 12 instituições governamentais, privadas e do terceiro setor que atuam no resgate da fauna. A operação iniciada nesta semana não tem prazo para encerrar. As equipes serão trocadas a cada sete dias de ação em campo.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.