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Meio Ambiente

Indígenas são flagrados em exploração ilegal de madeira em terra Kadiwéu

Grupo era formado por quatro homens indígenas e três não indígenas em Porto Murtinho

Por Jhefferson Gamarra | 18/12/2024 15:58
Grupo flagrado durante exploração ilegal de madeira (Foto: Divulgação)
Grupo flagrado durante exploração ilegal de madeira (Foto: Divulgação)

Agentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) flagraram quatro indígenas e três homens não indígenas realizando a exploração ilegal de madeira na Terra Indígena Kadiwéu, localizada no município de Porto Murtinho, a 439 quilômetros de Campo Grande. A ação faz parte da Operação Xapiri, que visa a combater o desmatamento em terras indígenas e no Pantanal. A operação conta com o apoio da Polícia Federal e da Funai.

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Agentes do Ibama, em conjunto com a Polícia Federal e a Funai, flagraram sete pessoas (quatro indígenas e três não indígenas) realizando exploração ilegal de madeira na Terra Indígena Kadiwéu, em Mato Grosso do Sul. O grupo utilizava motosserras para extrair aroeira, transformando-a em subprodutos para venda ilegal. 158 itens foram apreendidos, e o líder do grupo foi autuado, recebendo multas que totalizam R$ 8 mil. A ação faz parte da Operação Xapiri, que combate o desmatamento em Terras Indígenas e no Pantanal, e destaca os impactos ambientais e culturais da exploração ilegal de madeira, especialmente quando envolve a participação de indígenas em conluio com não indígenas.

Os infratores foram surpreendidos enquanto realizavam o corte seletivo de árvores de aroeira, uma espécie nobre e de elevado valor comercial. Com o uso de motosserras, eles transformavam a madeira em subprodutos, como lascas, postes e palanques, com o objetivo de vendê-los clandestinamente. No total, 158 subprodutos foram apreendidos pelos fiscais do Ibama, com tamanhos variando de 2,20 a 2,60 metros de comprimento.

A legislação brasileira proíbe a exploração comercial desordenada de florestas no interior de terras indígenas. O líder do grupo foi autuado com base na Lei de Crimes Ambientais e as infrações resultaram na aplicação de duas multas: uma de R$ 5 mil pelo corte e transformação das árvores em subprodutos e outra de R$ 3 mil pelo porte e uso de motosserras sem licença.

Segundo a superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, a exploração ilegal de madeira em terras indígenas tem consequências ambientais e culturais graves, especialmente quando envolve a participação de próprios indígenas em conluio com não indígenas.

"Do ponto de vista da sustentabilidade, a extração ilegal de madeira e o desmatamento em terras indígenas são problemas que afetam a vida e a cultura dos povos indígenas, ocasionando sérios impactos ambientais, principalmente quando é feita por indígenas em conluio com não indígenas, com o objetivo de venda clandestina", destacou.

A diferença entre desmatamento e exploração de madeira também foi ressaltada durante a ação. Enquanto o desmatamento se refere à remoção total da vegetação para destinar o solo a outras atividades, como agricultura e pecuária, a exploração de madeira envolve o corte seletivo de árvores, geralmente as de maior valor comercial, como é o caso da aroeira.

Os envolvidos responderão pelo crime na esfera judicial. Enquanto isso, o Ibama continua a promover ações de fiscalização no interior e no entorno da Terra Indígena Kadiwéu, com o objetivo de conter o avanço da destruição florestal na região.

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