ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JUNHO, SEXTA  20    CAMPO GRANDE 20º

Meio Ambiente

Estação muda com a noite mais longa do ano e fenômeno do "Sol parado"

Termo está diretamente ligado à percepção visual de que o Sol, por alguns dias, parece não mudar sua posição

Por Ângela Kempfer | 20/06/2025 10:58
Estação muda com a noite mais longa do ano e fenômeno do "Sol parado"
Vista da Avenida Afondo Pena, durante a noite. (Foto: arquivo)

A balada vai ser longa hoje. Com o início do inverno no Hemisfério Sul, o nosso lado do planeta recebe menos luz do Sol, o que faz os dias ficarem mais curtos e as noites mais longas. Ou seja, vai escurecer mais cedo e amanhecer mais tarde. A partir de agora, o tempo de claridade vai aumentar aos poucos, até chegar o verão, quando o dia será mais longo e a noite mais curta.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O inverno no Hemisfério Sul tem início nesta sexta-feira, 20 de junho, às 22h42, marcando o período em que os dias ficam mais curtos e as noites mais longas. O fenômeno conhecido como "Sol parado" ocorre simultaneamente, criando a impressão visual de que o astro mantém sua posição no céu durante o nascer e o pôr do sol. A mudança de estação é resultado da inclinação do eixo da Terra em relação à sua órbita solar. Após o solstício de inverno, os dias voltarão a crescer gradualmente até o equinócio da primavera. O fenômeno é mais perceptível em regiões de maior latitude, enquanto próximo ao Equador as diferenças na duração dos dias são quase imperceptíveis.

O inverno começa oficialmente nesta sexta-feira, 20 de junho, às 22h42 (horário de MS). Também é nesse momento que ocorre o fenômeno conhecido como “Sol parado”, perceptível no movimento do astro no céu.

O termo está diretamente ligado à percepção visual de que o Sol, por alguns dias, parece não mudar sua posição no céu ao nascer e ao se pôr. Essa impressão é resultado de um fenômeno astronômico que ocorre porque o ponto onde o Sol nasce no horizonte muda levemente a cada dia, ao longo do ano.

Ao contrário do que muita gente imagina, o astro-rei não nasce todos os dias exatamente no ponto cardeal leste. Essa coincidência só ocorre duas vezes por ano: nos equinócios de outono e primavera, quando o dia e a noite têm durações praticamente iguais.

Nos demais dias do ano, o Sol nasce deslocado desse ponto central. Ele aparece mais ao norte ou mais ao sul do leste verdadeiro, conforme o período do ano. Esse deslocamento atinge seu limite máximo nos solstícios, de inverno e de verão, momentos em que o Sol parece "parar" brevemente antes de reverter sua trajetória.

Esse efeito de parada é apenas aparente, mas marca uma transição importante no ciclo das estações. Após o solstício de inverno, por exemplo, o Sol retoma seu caminho em direção ao leste verdadeiro, e os dias começam a ficar mais longos novamente.

Observar essa movimentação ao longo do ano revela o quanto os ciclos solares influenciam diretamente nossa percepção do tempo e das estações. Embora o fenômeno seja sutil, ele é um dos principais marcos astronômicos que ajudaram a humanidade a construir calendários e entender o funcionamento do planeta.

Observar o Sol diretamente nunca é seguro. Para quem deseja acompanhar o fenômeno com segurança, é necessário o uso de filtros solares adequados ou instrumentos específicos, como telescópios com proteção. Técnicas de projeção indireta também são recomendadas para evitar danos à visão.

Noite longa - As estações do ano resultam da inclinação do eixo da Terra em relação à sua órbita ao redor do Sol. Essa inclinação, combinada com o movimento de translação do planeta, faz com que diferentes regiões recebam distintas quantidades de luz solar ao longo do ano. Os solstícios marcam os pontos de maior afastamento ou aproximação do Sol em relação à linha do Equador, enquanto os equinócios são os momentos em que o dia e a noite têm duração praticamente igual.

Após o equinócio de outono, os dias passam a encurtar até o solstício de inverno, quando se atinge o menor período de luz solar do ano. A partir desse ponto, os dias voltam a crescer gradualmente até o próximo equinócio, o da primavera, quando o equilíbrio entre dia e noite se restabelece. O processo continua até o solstício de verão, em dezembro, quando se registra a noite mais curta do ano.

Essa variação é mais evidente quanto maior a latitude do observador. Em regiões próximas ao Equador, as diferenças na duração dos dias são quase imperceptíveis. Em contrapartida, nas zonas polares, os efeitos são extremos. Durante o inverno, o Sol pode deixar de nascer por dias ou semanas, enquanto no verão ele permanece visível por longos períodos, sem se pôr.

A data de início do inverno pode variar entre os dias 20 e 21 de junho. No passado, entre as décadas de 1950 e 2000, era comum que ocorresse entre os dias 21 e 22. Essa variação é resultado da diferença entre o ano civil, com 365 ou 366 dias, e o chamado ano trópico, que tem cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Para ajustar essa defasagem, existe o ano bissexto.

O solstício de inverno não é apenas um marco astronômico, mas também um indicativo do ritmo natural das estações, que influencia diretamente o clima, os hábitos culturais e o cotidiano de diferentes regiões do planeta.


Nos siga no Google Notícias