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Capital

Após 13 anos, debate é sobre repactuação do contrato do ônibus

Proposta é defendida pelo Consórcio Guaicurus, que está na mira de CPI na Câmara

Por Aline dos Santos | 20/06/2025 12:09
 Após 13 anos, debate é sobre repactuação do contrato do ônibus
No mês de janeiro, faixa em terminal protestava contra tarifa de R$ 4,95. (Foto: Juliano Almeida)

Firmado em 25 de outubro de 2012 e com validade por duas décadas, o contrato do transporte público de Campo Grande se aproxima dos 13 anos e o Consórcio Guaicurus, agora na mira de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal, puxa a proposta de repactuação.

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O Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, propõe uma repactuação do contrato firmado em 2012, que se aproxima dos 13 anos de vigência. A proposta surge durante investigação de uma CPI na Câmara Municipal, onde o diretor-presidente do consórcio, Themis de Oliveira, defendeu a necessidade de um novo acordo. Enquanto a prefeitura avalia o serviço como satisfatório, com índices classificados entre bom e excelente, usuários relatam problemas como superlotação, más condições dos ônibus e atrasos. O contrato atual, válido por 20 anos, estabelece 11 índices de qualidade e prevê medidas como intervenção ou caducidade em caso de descumprimento.

Durante oitiva da CPI do Transporte Público, realizada na última quarta-feira (dia 18), o diretor-presidente do consórcio, Themis de Oliveira, defendeu que é necessário construir um novo acordo com a prefeitura.

Nesta sexta-feira (dia 20), o presidente antecipou ao Campo Grande News que não há um modelo definido. Mas a intenção é construir o documento a várias mãos: consórcio, prefeitura, Poder Legislativo e Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

O presidente da CPI do Transporte Público, vereador Lívio Viana (União Brasil), foi procurado pela reportagem, mas não quis comentar sobre a possibilidade, aguardando as deliberações da comissão.

O Campo Grande News também pediu informações à prefeitura e ao MPMS. Os órgãos públicos não tem expediente neste ponto facultativo e a reportagem aguarda retorno.

 Após 13 anos, debate é sobre repactuação do contrato do ônibus
O diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, Themis de Oliveira. (Foto: Osmar Veiga)

Precisa mudar? - Contudo, se falar em um novo contrato chama atenção porque o original já “protege” os usuários do ônibus. Mas, acontece que, ao contrário dos passageiros, a prefeitura avalia o serviço como satisfatório.

No papel, o atual contrato prevê que a empresa deve “executar todos os serviços inerentes à concessão, atendendo rigorosamente os princípios de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia e modicidade das tarifas, inerentes aos serviços públicos”.

O documento prevê 11 índices para o poder público aferir a qualidade dos serviços: ocupação, acessibilidade, cobertura do sistema, cumprimento do quadro de horários, cumprimento de viagens, eficiência operacional, cortesia na prestação, qualidade da frota, manutenção da frota, pessoal a serviço e índice geral de desempenho do serviço.

Em relatório divulgado em 2024, a administração municipal avalia que o transporte público vai muito bem. O relatório traz informações dos meses de agosto, setembro e outubro de 2024, além de uma tabela de referência. Em todos os meses, os índices figuram como bom, ótimo ou excelente. Nenhum índice foi considerado regular ou insuficiente, por exemplo.

 Após 13 anos, debate é sobre repactuação do contrato do ônibus
Passageiros esperam pelo ônibus em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

O documento prevê que o poder público pode fazer intervenção do contrato ou decretar a caducidade.

Já os passageiros reclamam de superlotação, estado de conservação de alguns ônibus e atrasos. Em janeiro, uma manifestação no Terminal Morenão, na Avenida Costa e Silva, protestou contra o aumento da passagem de R$ 4,75 para R$ 4,95.

Rodovia 163 – Em Mato Grosso do Sul, recentemente, houve repactuação na concessão da BR-163, que tem 845,9 km e corta o Estado de Norte a Sul.  Neste caso, o TCU (Tribunal de Contas da União) determinou realização de consulta pública e que a rodovia também fosse a leilão, permitindo a participação de outros concorrentes.

Mas o desfecho foi que a BR ficou com o mesmo grupo, que havia obtido a concessão em 2014. Somente o nome mudou, pois a CCR agora se chama Motiva. A empresa foi a única a participar do leilão.

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