Sócio do Consórcio Guaicurus usa atestado e não comparece à CPI do Transporte
Paulo Constantino seria ouvido após as declarações do atual diretor-presidente da empresa, Themis de Oliveira
Era aguardado para esta quarta-feira (18) o depoimento de Paulo Constantino, sócio-proprietário do Consórcio Guaicurus, durante a última audiência da terceira fase da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte, instaurada pela Câmara Municipal de Campo Grande. No entanto, ele não compareceu por motivos médicos, conforme justificativa apresentada por seu advogado, Felipe Barbosa, que entregou um atestado assinado por um oftalmologista.
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Paulo Constantino, sócio-proprietário do Consórcio Guaicurus, não compareceu à CPI do Transporte em Campo Grande, marcada para esta quarta-feira, devido a problemas de saúde, conforme atestado médico apresentado por seu advogado. O diretor-presidente da empresa, Themis de Oliveira, esteve presente e prestou esclarecimentos. A CPI investiga irregularidades no contrato de concessão do transporte coletivo, com foco em descumprimentos contratuais e omissões da prefeitura. Desde março, a Ouvidoria da CPI recebeu 616 denúncias da população, evidenciando a preocupação com a qualidade do serviço prestado. Uma nova audiência pública está agendada para o dia 25.
A sessão contou com a presença do atual diretor-presidente da empresa, Themis de Oliveira, que prestou esclarecimentos aos vereadores. O presidente da CPI, vereador Lívio Leite (União Brasil), lamentou a ausência de Paulo Constantino e ressaltou a importância de sua participação.
“Gostaria de reforçar, em nome do seu Paulo, que o representante e gestor dos acionistas, ou seja, quem de fato responde como acionista da empresa, é o Themis. Por isso, as informações seriam redundantes. É o corpo de acionistas que delibera sobre a diretoria, e os diretores estão aqui representando o Consórcio”, afirmou o advogado.
Encerrada essa fase, a comissão dará início à quarta etapa dos trabalhos, com uma audiência pública marcada para a próxima quarta-feira (25). A intenção é ouvir usuários, trabalhadores e representantes de setores que dependem diretamente do transporte coletivo. “Pretendemos deixar um link de participação disponível na Praça Ary Coelho”, informou o vereador Lívio.
A CPI do Transporte foi criada para apurar possíveis irregularidades no contrato de concessão do Sistema Municipal de Transporte Coletivo, operado pelo Consórcio Guaicurus. O foco está no descumprimento de cláusulas contratuais por parte da empresa e na eventual omissão da prefeitura na fiscalização do serviço prestado à população.
Entre os principais pontos investigados estão o uso de recursos públicos, como subsídios e isenções fiscais, e a qualidade real do transporte oferecido, com ênfase na renovação da frota, cumprimento de horários e estrutura do sistema.
De 25 de março a 16 de junho deste ano, a Ouvidoria da CPI registrou 616 denúncias da população. O volume expressivo demonstra o alto grau de engajamento da sociedade com os trabalhos da comissão e reforça a preocupação com a precariedade do serviço.
A maior parte das manifestações foi enviada por WhatsApp, com 535 mensagens. Também foram recebidos 32 formulários preenchidos, 46 e-mails, duas ligações telefônicas e uma denúncia presencial. Os dados reforçam a importância de manter canais de comunicação acessíveis e eficientes, estimulando a participação popular no controle e na melhoria do transporte coletivo.
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