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Meio Ambiente

Queimadas e desmatamento podem ter levado Influenza aos tamanduás do Pantanal

Estudo aponta que alterações ambientais e contato com humanos podem estar ligados à infecção pela 1ª vez

Por Geniffer Valeriano | 13/05/2025 15:12
Queimadas e desmatamento podem ter levado Influenza aos tamanduás do Pantanal
Tamanduá sendo analizado pela equipe de pesquisa (Foto: Reprodução Instagram)

Queimadas, desmatamento e urbanização levaram tamanduás-bandeira do Pantanal a testarem positivo para Influenza A. É a primeira vez no mundo que esse tipo de infecção é identificada na espécie.

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Pesquisadores identificaram, pela primeira vez no mundo, a presença do vírus Influenza A em tamanduás-bandeira do Pantanal. O estudo, conduzido pelo Instituto Tamanduá durante pesquisa de mestrado, detectou o subtipo H3N2, comumente encontrado em humanos. Os animais, que não apresentavam sintomas da doença, foram analisados no Pantanal mato-grossense. A descoberta é significativa, pois doenças respiratórias raramente afetam tamanduás. Fatores como queimadas, desmatamento e urbanização podem estar relacionados à exposição dos animais ao vírus.

De acordo com o Instituto Tamanduá, o estudo foi conduzido durante a pesquisa de mestrado de Isabella Amaral, sob orientação da pesquisadora Flávia Miranda. A descoberta foi anunciada nesta terça-feira (13), nas redes sociais da ONG.

Segundo detalhado, nesta etapa inicial foram colhidas amostras de tamanduás no Pantanal mato-grossense. No entanto, é possível que o mesmo pode estar ocorrendo em outras áreas da planície alagada.

Os exames identificaram que os animais estavam infectados com o subtipo H3N2 da Influenza A, o mesmo encontrado em humanos. Apesar da presença do vírus, os tamanduás analisados não apresentavam sintomas da doença.

A ONG explica que é raro doenças respiratórias afetarem tamanduás, o que torna a descoberta ainda mais relevante.

“O estudo acende um alerta sobre a saúde da espécie e sua suscetibilidade ao estresse causado por ambientes alterados ou pelo contato direto com humanos”, destaca trecho da publicação do Instituto.

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