Tamanduá-bandeira Felippi morre como a mãe Sheron: atropelado
Este é o 2º animal monitorado por instituto e que perde a vida após atropelamento no intervalo de dois meses
A cena se repete, se repete mais uma vez e se repete de novo. Não parece ter fim. Mais uma vez animal do projeto Bandeiras e Rodovias do Icas (Instituto de Conservação de Animais Silvestres) foi encontrado morto na margem da BR-267.
Este é o segundo animal monitorado pelos pesquisadores que perde a vida após ser atropelado no intervalo de dois meses. No final de junho, a tamanduá-bandeira Spätzle, de 7 anos, teve o mesmo destino nas margens da BR-262.
O animal morreu na quinta-feira (29) e era chamado pelos pesquisadores de Felippi, vítima do mesmo destino fatal da sua mãe, Sheron, que também não sobreviveu ao acidente de trânsito na mesma região.
A constatação do óbito foi feita pela médica veterinária Grazielle Soresini. Ela recebeu o alerta de mortalidade emitido pelo colar de monitoramento usado em Felippi. O tamanduá já estava sem vida,
Com apenas três anos, Felippi representava a luta pela preservação de uma espécie cada vez mais ameaçada. O tamanduá-bandeira é uma das principais vítimas de atropelamentos em Mato Grosso do Sul, Estado que abriga importantes rodovias que cortam áreas de preservação ambiental.
A presença desses animais nas vias não coloca em risco apenas a sobrevivência da espécie, mas também a segurança de motoristas e passageiros. O caso de Felippi reforça a necessidade urgente de implementação de medidas mitigatórias para prevenir novos acidentes e proteger a fauna local.
As colisões veiculares reduzem o crescimento populacional de tamanduás-bandeira pela metade, sendo uma das principais ameaças à espécie em Mato Grosso do Sul.
A conservação do tamanduá-bandeira exige ações que vão desde a conscientização dos motoristas até a instalação de passagens de fauna e sinalizações específicas nas estradas. A morte de Felippi é um triste lembrete de que a convivência harmoniosa entre o desenvolvimento humano e a preservação ambiental ainda enfrenta desafios significativos.
Desde que o ICAS começou o projeto, em 2017, foram 90 tamanduás-bandeira monitorados no Cerrado de Mato Grosso do Sul. Desse número, só 20 estão vivos e sendo monitorados.
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