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Meio Ambiente

Tempestades e fase da Lua podem dificultar visualização de chuva de meteoros

Especialista aponta que fase crescente da Lua e o tempo chuvoso podem atrapalhar a visualização na Capital

Por Mylena Fraiha | 11/12/2024 14:18
Fenômeno das Geminídeas registrado no Marshall Space Flight Center, em Huntsville, Alabama, EUA (Foto: Reprodução/Nasa).
Fenômeno das Geminídeas registrado no Marshall Space Flight Center, em Huntsville, Alabama, EUA (Foto: Reprodução/Nasa).

Quem deseja observar a olho nu a chuva de meteoros Geminídeas, prevista para a madrugada entre sexta-feira (13) e sábado (14), deve ficar atento às condições climáticas em Mato Grosso do Sul, já que a previsão aponta fortes tempestades na região, o que pode dificultar a visualização do fenômeno.

De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão para Campo Grande indica muitas nuvens, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no dia 13 de dezembro. No dia 14, o tempo deve continuar nublado, com chuvas e trovoadas em algumas áreas.

A monitora da Casa da Ciência e Cultura da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Letícia Soares Losi, alerta para outras interferências que podem ocorrer no dia, como a fase crescente da Lua. “Há várias interferências. Uma delas é a iluminação da Lua, que estará em fase crescente, quase cheia. Além disso, a iluminação de outros astros próximos também pode atrapalhar. A poluição luminosa, dependendo de onde você estiver, é outro fator que interfere, assim como as condições climáticas, especialmente se o céu estiver nublado”, explica.

Segundo o Observatório Nacional, as Geminídeas ocorrem anualmente entre os dias 2 e 21 de dezembro, atingindo seu pico nas noites de 12 para 13 e de 13 para 14 de dezembro. No entanto, reforça que a Lua estará quase cheia – com mais de 90% de iluminação –, o que reduzirá substancialmente a visibilidade de meteoros.

Mapa de visibilidade noturna durante a máxima atividade da chuva (Imagem: Reprodução/Observatório Nacional)
Mapa de visibilidade noturna durante a máxima atividade da chuva (Imagem: Reprodução/Observatório Nacional)

Apesar dos desafios, Letícia afirma que a chuva de meteoros será mais fácil de observar neste mês em comparação ao início do ano, quando o fenômeno ocorreu próximo ao horizonte.

Ela destaca que a possibilidade de observar o fenômeno neste mês é maior, com o pico previsto entre 2h30 e 3h da madrugada, entre os dias 13 e 14 de dezembro. “Vai ser um fenômeno um pouco difícil, mas o bom é que não estará próximo ao horizonte. Em áreas mais afastadas, é possível visualizar, mas tempestades e nebulosidade claramente interferem totalmente”, completa Letícia.

Uma das dicas da monitora da Casa da Ciência é prestar atenção ao posicionamento dos astros no céu. “A chuva estará visível próxima à constelação de Gêmeos e também perto de Marte. Contudo, ao observar o céu, mais à esquerda, teremos a Lua quase cheia e Júpiter, que são dois pontos muito brilhantes e podem ofuscar o brilho dos meteoros”, orienta.

Para aqueles que desejam acompanhar o fenômeno, Letícia recomenda buscar áreas mais afastadas das cidades, onde a poluição luminosa é menor e as condições de observação são mais favoráveis.

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