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Meio Ambiente

Trabalho contra queimadas deve ser permanente, diz Riedel

O investimento em equipamentos e medidas preventivas vão ajudar a reduzir impactos do fogo

Por Maristela Brunetto | 23/01/2025 09:13

Trabalho contra queimadas deve ser permanente, diz Riedel
Bombeiros combatendo o fogo na região do Abobral, ano passado (Foto: Divulgação Corpo de Bombeiros)

RESUMO

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Apesar da seca de 2024 ter sido mais intensa que a de 2020, a destruição no Pantanal foi menor, com a perda de 2 milhões de hectares de vegetação, em comparação aos 3 milhões de 2020. O governador Eduardo Riedel atribui essa redução à união de esforços entre União, Estado, prefeituras e entidades, e destaca a importância de investimentos permanentes em infraestrutura e conscientização para mitigar os impactos dos incêndios florestais, considerando que as condições climáticas (umidade abaixo de 30%, vento acima de 30km/h, temperatura acima de 30°C e mais de 30 dias sem chuva) favorecem a ocorrência e expansão do fogo. O governo estadual anunciou ainda a simplificação de procedimentos para queima controlada em áreas pontuais fora da estação seca.

A destruição que o fogo produz no Pantanal só será menos impactante com investimentos permanentes em infraestrutura e conscientização, analisou esta manhã (23) o governador Eduardo Riedel, ao falar que no ano de 2024 a seca foi mais agressiva do que em 2020, entretanto a destruição foi menor, embora tenham sido perdidos 2 milhões de hectares de vegetação.

No ano passado, União, Estado, prefeituras, entidades e produtores mobilizaram materiais e pessoas e enfrentaram as queimadas, que começaram mais cedo. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, vieram ao Estado para acompanhar de perto as ações de combate no Bioma.

Riedel retomou o assunto esta manhã, ao participar do Brazil Economic Forum, em Zurique, na Suíça. Ele começou a tratar do tema ao ser questionado por um dos participantes, já que a emergência climática era um dos tópicos do painel que participou, sobre transição energética. Primeiro comparou com a logística que se viu nos Estados Unidos recentemente para combater incêndios na Califórnia, para dimensionar o desafio enfrentado. O governador disse que a união de esforços foi determinante, citando o apoio do Governo Federal, que destinou cerca de mil homens, incluindo militares das Forças Armadas.

O governador explicou aos participantes o cenário que favorece a ocorrência e expansão do fogo, o chamado 30-30-30-30, umidade abaixo de 30%, vento acima de 30km, temperatura acima de 30°C e mais de 30 dias sem chuva.

Trabalho contra queimadas deve ser permanente, diz Riedel
Governador foi um dos participantes de debate sobre transição energética e falou sobre o Pantanl (Foto: Reprodução transmissão)

 “Não dá mais para imaginar que, 'ah, vem chegando a época da seca, vamos estruturar'. Não, é permanente, é um processo de evolução, conjunto e parceria”, classificou. Ele disse acreditar fortemente que investimento permanente e conscientização levarão a uma situação “de cada vez mais vantagem em relação a esses incêndios florestais.” Na temporada do fogo de 2020, viu-se um cenário dramático, com destruição de 3 milhões de hectares e muitos bichos, como aves, jacarés, tamanduás e onças mortos pelo fogo. O assunto foi parar no STF (Supremo Tribunal Federal) e ainda é discutido com a União e estados.

Essa semana, o Governo do Estado anunciou que irá simplificar os procedimentos para a realização de queima controlada em áreas pontuais fora da temporada da estiagem para evitar o acúmulo de vegetação, que depois se torna combustível para a expansão do fogo.

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