Trecho do Rio da Prata desaparece e repete fenômeno de 25 anos atrás
Seca registrada no córrego Curé pode impactar atividades de ecoturismo da região
Instituto Amigos do Rio da Prata, que realiza o monitoramento da região de Jardim, a 237 km de Campo Grande, registrou o desaparecimento da água no trecho da ponte do Curé. No local, a régua que mede a altura do rio só cai, até chegar ao zero em alguns trechos.
Apesar da falta de água por cerca de 5 km, ainda não houve impacto nas atividades de ecoturismo. O empresário João Gomes da Silva, que é diretor do instituto e vice-presidente do IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena) explica que em um intervalo de seis dias, o rio secou totalmente.
“Estamos acompanhando de perto a situação do rio da Prata e da Lagoa Misteriosa. As nascentes não foram impactadas e por isso o turismo não sofreu nenhuma interferência desse fenômeno. Percebemos que baixou um pouco o nível da água nos passeios, mas acreditamos que é falta de chuvas”, disse.
Um estudo será realizado na região com um especialista para entender o motivo do desaparecimento da água. A intenção também é confirmar se essa água ressurge em outra nascente, por meio do lençol freático.
A informação na região é que o mesmo fenômeno foi registrado há 25 anos, se repetindo outras vezes, mas quando não havia monitoramento da água. “Já vi umas três secas dessa. Vimos que o ciclo se repete entre 15 a 25 anos”, assegurou Jorge Bastos, que cresceu na região e fez vídeos no local. As imagens deste domingo (23), na ponte, abrem esta reportagem.
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