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Sem "menopausa": cio em gatas e cadelas não acaba com a idade

Veterinário explica se período reprodutivo persiste mesmo depois da velhice de cães e gatos fêmeas

Por Natália Olliver | 15/06/2025 07:10
Sem "menopausa": cio em gatas e cadelas não acaba com a idade
Nina tem 13 anos e não é castrada, mas os comportamentos de cio são sutis, segundo o tutor (Foto: Matheus Rondon)

Muita gente acha que o cio em gatas e cadelas acaba com a idade, mas não, elas não têm “menopausa”. Cadelas e gatas continuam entrando no cio ao longo da vida inteira, mesmo já idosas. Aqui não importa se os bichinhos são castrados ou não, se tiverem os ovários, elas vão continuar a ter. É o que o médico veterinário Antônio Defanti Júnior explica.

Na hora da castração, o recomendado é que o tutor tire os ovários, mas há quem deixe eles paradinhos lá. Se você tem um cão ou gata idosa em casa, talvez já tenha notado alguns comportamentos, no mínimo, curiosos, e até se perguntado: será que ela ainda entra no cio? “Será que isso é cio?”

Como já citado, os bichinhos continuam a ter cio. O que muda é a frequência e a intensidade dos sinais, que tendem a diminuir com o tempo.

Antônio explica que o cio das cadelas tem duas fases principais: o proestro e o estro. O proestro é quando começa o sangramento, aquela fase em que os machos já se interessam, mas a fêmea ainda costuma rejeitar eles.

“O cio em cadelas ocorre, em média, a cada 6 meses. Durante o proestro, elas têm pequenos sangramentos por 9 dias. Nessa fase, elas ficam mais amorosas e presentes. No estro, elas ficam por mais 9. Aqui é quando ela aceita o macho e a ovulação está acontecendo. O cio completo leva em torno de 18 dias.”

Só que, apesar dessas fases bem marcadas, a natureza não é uma regra exata: tem fêmea que aceita o macho já no proestro, tem ciclo que dura mais ou menos. O veterinário da clínica Bourgelat ainda ira a dúvida que sempre pega os tutores sobre os filhotes terem mais de um pai.

Sem "menopausa": cio em gatas e cadelas não acaba com a idade
Cio em cachorras fêmeas acontece, em média, a  cada seis meses (Foto: Matheus Rondon)

“Apesar de não ser uma regra, pode ter mais de um pai? Pode sim! Pois as cadelas ovulam por 9 dias e, se tiver contato neste período com mais de 1 macho, pode acontecer.”

Matheus Rondon é tutor da Nina, de 13 anos. Ele conta que, apesar de ela não ser castrada, o comportamento dela durante o período do cio é tranquilo.

“Nunca castrei ela porque ela sempre demonstrou vontade de ser mãezinha, mas nunca achei cachorro do porte dela ou menor. Eu adotei um gato para ela não ficar tão sozinha e ter companhia.”

Ele comenta que o máximo dos sinais que ela dá que está no cio é tentar cruzar com uma almofada.“Ela é bem ativa, sai pra passear com os amigos de carro, passeia de moto comigo, brinca de morder e com o gato também. Ela quase não dá sinais de cio, às vezes ela 'pega' uma almofada.”

E no caso das gatas?  

Aqui, o cio é bem diferente. Primeiro, não tem sangramento. E segundo, o ciclo é mais curto e mais frequente. O proestro nelas dura só dois dias, com mudanças comportamentais leves. Nessa fase elas ficam mais carinhosas e se esfregam mais.

"O primeiro cio de uma gata acontece quando ela atinge a puberdade, entre os 5 e 10 meses de idade. Essa fase reprodutiva dos gatos, também chamado de ciclo estral geralmente dura de 2 a 5 dias e, a menos que ela engravide. Aí pode vir a ter vários cios com intervalos de 2 a 3 semanas".

Já no estro, que é a fase fértil, os sinais ficam mais evidentes: miados altos, postura característica e agitação.  “A fase de cios perpetua, independente da idade, claro que com a idade avançada, a tendência é ir diminuindo. As fêmeas castradas, quando se não tem ovário, quando foram retirados na castração, não entram mais no cio”.

É muito comum tutores acharem que, por o animal não sair de casa, o cio não vai ser um problema, mas acredite, é. O veterinário completa que, mesmo sem contato com machos, o cio afeta o comportamento, o apetite e o sono dos bichinhos.

“O fato de não passear pode trazer alterações comportamentais, que acabam interferindo no fisiológico também.”

Sempre importante lembrar que a castração de cães e gatos reduz o risco de doenças graves, como câncer de mama, infecções uterinas (piometra) nas fêmeas e problemas na próstata nos machos; pode diminui comportamentos indesejados, como fugas, marcação de território e agressividade e evita crias indesejadas e ajuda a reduzir o número de animais abandonados.

Além disso, animais castrados costumam viver mais e com mais bem-estar. Nas fêmeas, a castração evita os incômodos do cio, como sangramentos e mudanças de comportamento.

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