Você sabia que seu pet também pode ter problemas no coração?
A carinha fofa e a energia incontrolável podem até disfarçar, mas fazer check-up pode salvar seu animalzinho

A carinha fofa e a energia incontrolável podem até disfarçar, mas o coração do seu pet também precisa de atenção. Você sabia que assim como acontece com humanos, caso seu animalzinho tenha alguma doença, o quadro pode evoluir e levar até à morte? Para não ser pego de surpresa e evitar sustos com seu bichinho, fazer check-ups periódicos é uma das opções que pode salvar cães e gatos.
RESUMO
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Assim como humanos, cães e gatos precisam de acompanhamento cardiológico regular para garantir qualidade de vida e longevidade. A médica veterinária cardiologista Claudia da Silva Mendes alerta que muitas doenças cardíacas são silenciosas e só são percebidas em estágio avançado. A avaliação é recomendada a partir dos 5 anos de idade, mas raças como shih-tzu, pug e bulldog necessitam de check-ups mais frequentes, a cada seis meses. O sobrepeso é um fator de risco importante, e a alimentação adequada para cada fase da vida do pet é fundamental. Embora as doenças cardíacas não tenham cura, o diagnóstico precoce e tratamento adequado permitem que os animais mantenham boa qualidade de vida.
Uma alimentação adequada e exercícios, no caso os passeios diários, podem prolongar a vida e a qualidade dela. Várias doenças cardiológicas são silenciosas, isso impede que o dono identifique que algo não vai bem com o pet. Muitas vezes, quando ele percebe sinais como tosse e cansaço o problema já pode estar avançado.
Nos consultórios veterinários os primeiros alertas aparecem com um simples exame clínico. “Normalmente, o dono não percebe nada, mas o veterinário encontra um sopro. Com o passar dos anos esse pet começa a ter tosse e cansaço. Se a gente tivesse feito o check-up antes, o controle da doença seria muito melhor”, conta a cardio e pneumologista Cláudia da Silva Mendes, da clínica veterinária Bourgelat.
O problema é que a maioria dos cães e gatos só chegam ao atendimento com cerca de oito anos. A avaliação cardiológica é recomendada a partir dos cinco, mas em algumas raças com predisposição é necessário que seja feita mais cedo.
Segundo ela, as doenças cardiológicas acontecem mais nas raças caninas shih-tzu, pug e bulldog, mas nenhum animal está livre de desenvolver. Para as raças citadas a avaliação é necessária a cada seis meses, já para o resto de ano em ano.
Cláudia explica que com o diagnóstico precoce, a rotina do animal não muda tanto e que o acompanhamento anual ajuda a manter a saúde controlada. Caso o quadro seja leve é possível controlar com uso de medicamentos.
“Quando atendo no início ou na fase intermediária das doenças, eles tomam o medicamento e vivem bem. Mas têm que tomar cuidado na hora do passeio, não tomar muitos banhos fora de casa e não ficar muito tempo lá para não estressar”.
Já quando está em estágio avançado existem restrições, como não poder passear e tomar banhos apenas em casa, com menos frequência.
“É mais complicado. Quando estão mais idosos, a partir dos 10 anos, vão ter alteração, mesmo tendo atendimento na fase inicial. Até consigo que fique estável, mas pela idade vai evoluir, não tem jeito. A consulta vem para melhorar a qualidade de vida e a expectativa também”.
De acordo com ela, as doenças mais comuns em cães atingem a válvula mitral, enquanto nos gatos o problema é a hipertrofia do ventrículo esquerdo. Nenhuma tem cura, mas com o tratamento adequado, eles vivem bem e com qualidade.
Fatores de risco
Além da predisposição genética, outro fator que pode acelerar as doenças cardíacas é o excesso de peso. Por isso é preciso estar atento às recomendações de nutrólogos e do próprio médico veterinário.
“O sobrepeso antecipa o problema para quem não teria e piora a condição de quem já tem a predisposição. Comida é amor, mas o excesso de alimentação leva ao sobrepeso e pode causar problemas cardíacos, renais e hepáticos”, alerta Cláudia.
Ela acrescenta que cada fase da vida dos pets deve ser respeitado, inclusive na alimentação. Para fase inicial a ração recomendada é a de filhotes, até 5 anos a de adultos, depois disso a sênior. Os petiscos também devem ser controlados. Duas vezes por semana é o ideal, orienta a veterinária.
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