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Política

“Estou qualificado para devolver o que Dourados me deu”, diz Geraldo

Deputado federal revela sonho de ser prefeito da cidade onde foi engraxate e vendedor de picolé e desafia adversários a apresentarem plano de governo

Helio de Freitas, de Dourados | 14/09/2016 10:00
Geraldo Resende, candidato a prefeito pelo PSDB (Foto: Eliel Oliveira)
Geraldo Resende, candidato a prefeito pelo PSDB (Foto: Eliel Oliveira)

O deputado federal Geraldo Resende, candidato do PSDB à prefeitura de Dourados, se considera qualificado para administrar a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul e disse que, se eleito, vai trabalhar para devolver tudo aquilo que conquistou.

“Dourados me deu oportunidade a um menino pobre, de família numerosa, de sonhar e tornar realidade o sonho de ser médico, ser vereador, deputado estadual e deputado federal. Me preparei para devolver a Dourados tudo o que a cidade me deu”, disse Geraldo ao Campo Grande News.

Nascido no interior de Minas Gerais em 1955, Geraldo veio para Dourados ainda muito pequeno e na cidade vendeu picolé, foi engraxate e vendedor de salgado feito em casa, quando desenvolveu o sonho de ser médico vendendo lanche na porta de consultórios.

Médico, ex-vereador, ex-deputado estadual e no quarto mandato de deputado federal, Geraldo não esconde a emoção quando fala do sonho de ser prefeito, direito que, segundo ele, foi lhe tirado em 2012 “por uma rasteira” do ex-governador André Puccinelli.

“Para cada eleitor com quem eu converso, eu levo a mensagem de que ele precisa considerar alguns aspectos na hora de decidir o voto: a história de vida do candidato, a profissão do candidato e se o candidato, exercendo cargo público, já trouxe algum benefício para a nossa cidade, ou para seu bairro”, afirma Geraldo.

O candidato tucano se considera “preparado” para conduzir a prefeitura e enfrentar, segundo suas palavras, demandas que há muito tempo precisam ser resolvidas.

Indicadores negativos - “É preciso melhorar a saúde pública, construir um novo cenário para a infraestrutura e para a mobilidade urbana e investir com entusiasmo na educação para melhorar os indicadores, que em algumas regiões da cidade, principalmente na reserva indígena, são sofríveis e que se assemelham aos das regiões mais pobres do país”, declarou o deputado.

Segundo ele, diante desse cenário, os jovens das aldeias locais terão muita dificuldade para ter ascensão social. “É para eles que precisamos ter um olhar diferenciado”.

Programa de governo – Geraldo disse que construiu seu programa de governo com a colaboração de vários setores da sociedade douradense e pediu para o eleitor douradense cobrar planos semelhantes de seus adversários na corrida à prefeitura.

“Até agora não vi nenhum dos meus adversários apresentar proposta de governo para ser discutida. Estou pedindo que o eleitor faça comparação entre nosso plano de governo com os demais postulantes ao cargo de prefeito”, afirmou.

Mágoa por rasteira – Geraldo não esconde a mágoa que carrega por não ter sido candidato a prefeito por duas eleições seguidas e diz que o douradense sabe do seu sonho de administrar a cidade e vai compreender o fato de disputar outra eleição dois anos após ser reeleito para o quarto mandato de deputado.

Ele culpa políticos campo-grandenses por não ter conseguido ser candidato e disse que temia um novo golpe: “O povo de Dourados sabe que esse é meu maior sonho, que por duas eleições seguidas foi tolhido por ingerência de Campo Grande e de forças políticas que trabalharam a partir da Capital, em conluio com lideranças locais, para impedir que eu disputasse a prefeitura. Quando aceitei o convite do governador Reinaldo para ser candidato do PSDB à prefeitura foi para evitar levar mais uma vez uma rasteira das lideranças de Campo Grande”.

Puccinelli – Geraldo culpa diretamente o ex-governador André Puccinelli pela “rasteira” e disse que a troca do PMDB pelo PSDB foi para evitar outro golpe. “Por duas vezes eu fui preterido, para não dizer um nome mais pesado, pela liderança maior do PMDB no Estado. Como eu poderia continuar no PMDB e acreditar no projeto do partido se de uma hora para outra eu poderia ser mais uma vez preterido?”.

Geraldo afirma que sua atuação como deputado e a experiência na política o credenciam para ser prefeito de Dourados, além de contar com o apoio do governador Reinaldo Azambuja e ter uma boa relação com o presidente Michel Temer. “Essa parceria vai ajudar a superar os desafios que teremos aqui”.

Para suprir sua ausência em Brasília, Geraldo promete trazer de volta para Dourados os oito deputados federais e os três senadores de Mato Grosso do Sul. “Não sei porque, mas ficaram distantes da nossa cidade. Vamos fazer com que eles voltem a colocar recursos na cidade. Vamos valorizar o trabalho desses parlamentares, divulgando o que mandarem para Dourados, no lançamento e na inauguração dessas obras”.

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