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Política

A 8 dias da eleição, presidência da Alems segue sem consenso

Mara Caseiro, Gerson Claro, Lídio Lopes e Rafael Tavares estão na disputa

Renata Volpe | 24/01/2023 10:46
Deputados candidatos à presidência da Alems. (Foto: Arquivo)
Deputados candidatos à presidência da Alems. (Foto: Arquivo)

A posse dos deputados e a eleição da Mesa Diretora da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) serão daqui a oito dias, em primeiro de fevereiro, e os quatro candidatos à presidência não abrem mão da disputa: Mara Caseiro (PSDB) deputada mais votada no Estado; Gerson Claro (PP), Lídio Lopes (Patriota) e o novato, Rafael Tavares (PRTB). Pode ser que não haja consenso e a decisão será no voto.

Por ter recebido a maioria dos votos nas eleições do ano passado, Mara se diz preparada para presidir a Casa de Leis, que até o momento só foi comandada por homens. Na próxima legislatura, além de Mara, foi eleita a deputada Lia Nogueira (PSDB), de Dourados. Os outros 22 parlamentares são homens.

Mara falou que espera uma retribuição dos correligionários para ser eleita presidente. “Nada mais justo haver o consenso em torno do meu nome como presidente da Assembleia Legislativa. Já dei meu voto de confiança ao Paulo Corrêa para presidente e para o Zé Teixeira como primeiro secretário na última eleição. Entendo que seria uma retribuição da parte deles”, afirmou.

Entretanto, Gerson Claro (PP) tem apoio da senadora Tereza Cristina (PP) e tem andado pelo Estado para conversar com os deputados e pedir votos. Existiria um consenso em relação ao nome dele, por também já ter sido líder do governo na Alems.

Ao Campo Grande News, Claro afirmou que nesta terça-feira (24) se reúne com as bancadas dos partidos MDB, PL, PDT e PSD. “Estamos em Campo Grande tendo reunião direta com os partidos. Estamos buscando o entendimento para ter consenso porque todo mundo é da base”.

Quem entrou na disputa recentemente também pela presidência foi Rafael Tavares. Ele defende a renovação. “Estou tentando angariar apoio. Sabemos da dificuldade para enfrentar o sistema, mas tenho que fazer isso para representar os sul-mato-grossenses que desejam renovação na política”.

Um documento assinado em novembro do ano passado, entre os deputados do PSDB eleitos e o deputado Lídio Lopes, teria formalizado um acordo entre as partes para votação da Mesa Diretora. Ele teria conseguido garantir o apoio dos tucanos para se eleger presidente da Casa de Leis. Porém, com Mara Caseiro na disputa, o acordo não deve prevalecer.

A reportagem do Campo Grande News ligou diversas vezes para Lídio Lopes, mas as ligações não foram atendidas e nem retornadas.

Outras composições já definidas - A Segunda Secretaria deve ficar com Pedro Kemp (PT). “O meu nome está sendo indicado. Está praticamente certo”, disse. Ele já foi segundo-secretário dois mandatos atrás.

A vice-presidência deve ficar com Renato Câmara (MDB). “Eu tenho interesse, mas o martelo ainda não foi batido. Temos um compromisso que o MDB vai caminhar junto com a Assembleia”.

Uma reunião com a bancada está marcada para definir sobre o assunto. Atualmente, Câmara é corregedor na Alems. “A reunião deve ser lá pelo dia 28 ou dia 30”.

Primeira-Secretaria - Também há indefinição em relação ao nome do primeiro-secretário. Os tucanos Jamilson Name e Paulo Corrêa não abrem mão da disputa pelo cargo. Reunião no próximo dia 28, entre o PSDB e os parlamentares eleitos, deve ter uma decisão a respeito do candidato à cadeira na Mesa Diretora.

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