Adriane e Rose disputam hoje 208.961 votos que "restaram" do 1º turno
Eleitores estão desmotivados para votar neste domingo (27); eleição será das 7h às 16h na Capital
As candidatas à Prefeitura de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União) se preparam para um acirrado segundo turno nas eleições municipais, neste domingo (27). As duas se mobilizam em torno dos 208.961 votos que "sobraram" dos cinco candidatos perdedores do primeiro turno.
RESUMO
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Em meio a um cenário político conturbado e promessas não cumpridas, eleitores de Campo Grande expressam inseguranças e anseios em relação aos candidatos no segundo turno das eleições municipais. Enquanto alguns, como Márcia Anunciação, buscam um candidato comprometido com melhorias nas comunidades carentes, outros, como Adrielly Barbosa, demonstram ceticismo e "expectativa zero" em relação ao resultado. A polarização entre as candidatas Adriane Lopes e Rose Modesto acirra a disputa, com eleitores indecisos e a insatisfação refletida em um número significativo de votos nulos e em branco na primeira fase das eleições, sugerindo que muitos cidadãos estão descontentes com as opções disponíveis.
Na primeira etapa, Beto Pereira (PSDB) foi o terceiro mais votado, obtendo 115.516 votos, o que representa 25,96% do total. Em seguida, Camila Jara (PT) conquistou 41.966 votos (9,43%), e Beto Figueiró (NOVO) alcançou 10.885 votos (2,45%). Luso de Queiroz (PSOL) e Ubirajara Martins (DC) tiveram desempenhos modestos, com 3.108 votos (0,70%) e 1.067 votos (0,24%), respectivamente.
Um aspecto significativo da primeira fase foi a quantidade de votos nulos e em branco, que somaram 19.451 (4,04%) e 16.968 (3,52%). Esses números revelam uma insatisfação potencial entre os eleitores que pode ser decisiva para o segundo turno.
A disputa acirrada entre Lopes e Modesto promete mobilizar os eleitores de outras candidaturas, além de tentar conquistar o apoio dos que optaram por não votar.
O que esperar? - A expectativa dos eleitores é um misto de esperança e desconfiança. Em meio a promessas não cumpridas e um cenário político conturbado, muitos cidadãos revelam suas inseguranças e anseios em relação aos candidatos.
Márcia Anunciação, 57 anos, diarista e moradora do Parque do Lageado, expressa a indecisão que permeia sua escolha.
"Na verdade, a gente fica indeciso, né? Porque todos prometem, mas cumprir é que é o difícil. Eu vejo a política assim: os bairros estão muito esquecidos, totalmente abandonados", comentou.
Márcia enfatiza a importância de escolher um candidato que realmente tenha compromisso com as melhorias nas comunidades carentes. "Estou inclinada para o lado da Adriane, mas espero que resolvam as coisas que prometem. A gente quer que façam realmente algo por nós".
A falta de infraestrutura no seu bairro, onde nem as ruas são asfaltadas, é um dos fatores que motivam sua preocupação. "A situação é bem precária mesmo", acrescenta, refletindo a realidade de muitos moradores de áreas esquecidas pela administração pública.
João Carlos de Oliva Ribeiro, 35 anos, atendente, tem uma perspectiva diferente. Para ele, a escolha já está feita e é a mesma do primeiro turno. "Para mim está tranquilo. Decidi em quem votar e é a mesma escolha do primeiro turno", afirma, mostrando uma certa confiança em seu candidato.
No entanto, a indecisão continua a ser uma constante. Regina Rosa de Oliveira, 57 anos, auxiliar de limpeza, admite que ainda não decidiu seu voto. "Acho que será a mesma coisa de sempre, mas irei decidir em quem votar até a hora de votar", diz, refletindo a frustração de muitos eleitores.
Adrielly Barbosa de Souza, 35 anos, que trabalha em serviços gerais, é mais crítica em sua avaliação. "Acho que será a mesma coisa, só vai mudar a pessoa ou não. Mas sinceramente, a expectativa é zero. Vejo que uma fica metendo pau na outra", critica, destacando a atmosfera de rivalidade que tem marcado a campanha.
Por outro lado, Layza Gonçalves Fagundes, 21 anos, auxiliar de veterinária, expressa o desejo de que tudo isso acabe logo. "Quero que passe logo, porque está muita briga. Mas já decidi o meu voto e é o mesmo do primeiro turno", relata, demonstrando cansaço com a polarização da disputa.
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