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Política

Apoiadores do presidente lotam Afonso Pena para defender "pautas bolsonaristas"

Entre as razões dos atos de hoje, estão defesa do voto impresso, combate ao comunismo e intervenção militar

Lucia Morel, Cristiano Arruda e Mirian Machado | 07/09/2021 12:11
Manifestação congestinou Avenida Afonso Pena. (Foto: Henrique Kawaminami)
Manifestação congestinou Avenida Afonso Pena. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com trajeto que percorreu a Afonso Pena, do Parque dos Poderes até a entrada do CMO (Comando Militar do Oeste) e retornou à via até a Praça do Rádio Clube, ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocupou praticamente toda a principal avenida de Campo Grande.

Entoando os hinos do Brasil e da Independência, o ato movimentou as ruas com buzinaço, gritos de “nossa bandeira jamais será vermelha” e outras frases já conhecidas, que expressavam as razões para os manifestantes saírem de casa neste feriado de 7 de Setembro, como o voto impresso, combate ao comunismo, intervenção militar e impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Formado por ciclistas, motociclistas, motoristas, caminhoneiros e até grupo à cavalo, os manifestantes foram puxados por uma "motociata", que começou no restaurante Yotedy, nos fundos Parque das Nações Indígenas, seguiu pela Avenida Afonso Pena e passou pela Praça do Rádio Clube rumo ao CMO, na avenida Duque de Caxias. O destino final era o retorno à praça, onde lideranças evangélicas realizavam o denominado “Ato pela Liberdade”.

Um dos participantes, o barbeiro Dejair Teodoro Garcia, de 56 anos, esteve com o grupo de ciclistas. “Está na hora do povo acordar para saber em quem votar na eleição. Temos tudo aqui no Brasil: petróleo, ouro, soja, mas muita gente passando fome. O país tá em crise. Precisamos mudar isso. O protesto dará um empurrão pra trocar o povo que está lá”, afirmou.

Presidente do Conselho Estadual de Pastores, Wilton Acosta, relatou que a mobilização dos evangélicos é pela “indignação pelo que está ocorrendo no Brasil”, com o “atropelo do STF” que, segundo ele, solta criminosos e atrapalha a governança do presidente da República.

O evento na praça começou às 10h e terminou por volta das 11h45, e apesar do cunho religioso, o pastor disse que era aberto ao público geral, para que a mensagem alcançasse mais pessoas. Disse ainda que muitos não participaram, porque estavam na carreata que percorreu a Afonso Pena.

A saída dos manifestantes foi por volta das 9h10, do Yotedy, e até por volta das 12h, ainda haviam veículos finalizando o trajeto.

Houve até acessos pela contramão na avenida, entre as ruas Bahia e 13 de Junho. O trecho representa cerca de 600 metros da principal via da Capital e ficou voltado para um único fluxo de veículos que participavam da manifestação pró-Bolsonaro, na manhã desta terça-feira (7).

Os motoristas decidiram invadir o trecho contrário devido ao congestionamento do trânsito. Com isso, o tráfego ficou impedido na faixa sentido Centro/Parque dos Poderes. Os manifestantes aproveitaram para filmar a infração de trânsito alegando que "faltava avenida em Campo Grande para atender a participação de todos". Veja:



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