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Política

Após demissão de Freire, vereadora quer secretários sem processos

Supersecretário perdeu cargo federal por improbidade administrativa

Kleber Clajus | 01/11/2013 12:20
Luiza é defensora de que Lei da Ficha Limpa seja aplicada também a cargos no Executivo (Foto: Cleber Gellio)
Luiza é defensora de que Lei da Ficha Limpa seja aplicada também a cargos no Executivo (Foto: Cleber Gellio)

Após a demissão de cargo federal do secretário de Receita e Governo, Gustavo Freire, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) orienta que a administração do prefeito Alcides Bernal (PP) opte por nomes que não enfrentem “processos administrativos ou judiciais”.

“É lógico ter no secretariado pessoas que não estejam respondendo processos administrativos ou judiciais, mas isso muitas vezes não ocorre na esfera municipal e estadual”, analisa Ribeiro.

Segundo a vereadora, o afastamento ou não de Gustavo Freire “cabe ao prefeito”. Quanto à aplicação da Lei da Ficha Limpa, da qual foi proponente junto com Paulo Siufi (PMDB), acredita que esta deve ser aplicada após “julgamento por órgão colegiado”.

Mesmo assim, defendeu anteriormente que a Lei tem por objetivo “proteger a administração pública dos maus gestores sendo um comprometimento contra as práticas que comprometem a democracia, entre elas a corrupção e a improbidade”.

Improbidade - Com status de supersecretário na administração de Alcides Bernal (PP), Gustavo Freire foi demitido, ontem (31), de cargo federal pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, por cobrar propina para liberar cargas de uma refinaria de petróleo sem o pagamento de tributos. O caso é tratado como improbidade administrativa, uma vez que o esquema ocorreu enquanto ele exercia a função de auditor da Receita em Corumbá, entre os anos de 2007 e 2008.

O caso veio à tona durante a Operação Vulcano, que, inclusive, apontou Freire como o responsável pela implantação de um “tabelamento” para liberação de cargas de variados tipos de mercadorias. De acordo com a investigação, alguns veículos só passavam mediante o pagamento de R$ 200. O esquema gerou prejuízo de cerca de R$ 1,165 milhão aos cofres da União.

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