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Política

Aprovação do impeachment toma conta dos debates na Assembleia

Câmara Federal aprovou o processo, que segue para o Senado

Leonardo Rocha | 19/04/2016 13:09
Deputados repercutem aprovação do impeachment de Dilma na Câmara Federal (Foto: Assessoria/ALMS)
Deputados repercutem aprovação do impeachment de Dilma na Câmara Federal (Foto: Assessoria/ALMS)

A votação do processo de impeachment no último domingo (17), foi o principal tema de debates na sessão desta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa. Os deputados comentaram os motivos que levaram esta decisão na Câmara Federal, que segundo eles, darão agilidade ao processo no Senado. A bancada do PT voltou a defender que não houve crime praticado pela presidente.

O deputado Rinaldo Modesto (PSDB) ponderou que a votação de domingo mostrou justamente qual é o sentimento da maioria da população. “Muitos estavam esperando este momento. O próprio mercado financeiro se mostra favorável pela saída da presidente, por isso a tendência é o Senado afastá-la do cargo, já que a mobilização da população vai continuar”.

Sobre o futuro depois da saída de Dilma (Rousseff), o tucano ressaltou que de acordo com a legislação, assume o vice-presidente, Michel Temer (PMDB). “Só se houver comprovação de crimes ou participação dele nesta história é que vão se pensar em outras alternativas, como novas eleições”.

O deputado Paulo Corrêa (PR) avaliou que esta falta de apoio político mostra que a presidente não tem mais condições de governador o País. “Ela cometeu sim crime de responsabilidade, acredito que o Senado entendeu o recado das ruas e da Câmara (Deputados) para que o processo tenha agilidade, não acredito que a base consiga reverter o impeachment”.

Para Eduardo Rocha (PMDB) os 367 votos a favor do impeachment “legitima” todo o processo e que o Senado deve seguir o mesmo caminho. “Sabemos que ainda é cedo para avaliar o resultado no Senado, porém a vitória esmagadora com 72% dos votos dos deputados, mostra este cenário”.

O líder do PMDB na Assembleia, também destacou que caso o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), assuma o comando do País, acredita que entre suas primeiras ações vai ser promover um ajuste fiscal, assim como reduzir pelo menos a metade do número de ministérios. “Será um governo de coalizão, com a participação da maioria dos partidos”.

Defesa – A bancada do PT fez questão de fazer a defesa da presidente Dilma (Rousseff), voltando a dizer que o processo de impeachment “sem crime, se trata de um golpe”. Eles ainda disseram que a principal acusação sobre “pedaladas fiscais” são se configura crime de responsabilidade, tanto que é feita por prefeitos e governadores de muitos estados.

“Se trata de um processo ilegítimo, por isso é um golpe para nós e muitos juristas que têm a plena convicção que não existe comprovação de crime, a maioria dos governos e prefeitos também pedalaram. Vou fazer um levantamento apenas aqui no Estado, para mostrar os casos, foi um julgamento político”, disse Amarildo Cruz (PT).

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