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Política

Bernal afirma que vai entrar com ação na Justiça para evitar cassação

Vinícius Squinelo e Aline dos Santos | 16/10/2013 12:25
Bernal foi ao ataque e criticou grupo político, mas sem dar nome aos bois (foto: Cleber Gellio)
Bernal foi ao ataque e criticou grupo político, mas sem dar nome aos bois (foto: Cleber Gellio)

O prefeito Alcides Bernal (PP) foi para a ofensiva e afirmou que vai entrar na Justiça contra a instauração de Comissão Processante, que pode cassar seu mandato como administrador de Campo Grande. O progressista ainda chamou de “golpe político” a tentativa de retirá-lo da Prefeitura.

“É clara, nítida, concatenada, previamente articulada, engenhada e urdida no sentido de fazer um golpe político na Capital”, afirmou Bernal, em referência à Comissão Processante aberta ontem na Câmara Municipal.

O prefeito apresentou a defesa em coletiva de imprensa na manhã de hoje (16) na Prefeitura de Campo Grande. Durante o encontro com os jornalistas, Bernal garantiu que vai entrar com processo judicial contra a Comissão.

Segundo o progressista, a defesa será centrada no fato de supostamente a Comissão Processante não ter objeto, e que as pessoas que votaram no relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) Calote não poderiam ter votado na abertura da processante. A defesa alega que os “enunciantes não podem ser juízes”.

O relatório da CPI do Calote foi aprovado por 4 votos a 1. Para não “perder” os votos favoráveis à abertura da processante, a CPI não pediu a abertura da comissão, que foi pedida por um terceiro. Desta forma, os membros da CPI não ficaram impedidos de votar na processante.

Mesmo com os cinco membros da CPI não votando, os favoráveis à Comissão Processante conseguiriam a maioria absoluta dos votantes (2/3) para abrir o processo. Porém, na visão do prefeito, são necessários sempre 20 votos para abrir a processante, o que não seria possível sem os quatro votos favoráveis de membros da CPI do Calote.

Briga política – O prefeito preferiu não nomear figuras de grupo político que estaria tentando a cassação, mas questionou a honra de algumas pessoas.

“O Luiz Pedro foi do PP, o Raimundo era do PT e o filho dele trabalhava Ehma na gestão do Nelsinho, e ainda cooptaram advogado Rubens Cleiton”, atacou, falando em “ação criminosa contra a democracia”.

Questionado sobre o motivo de não ir à Câmara conversar com os parlamentares, Bernal afirmou que “independente da Justiça, vai buscar a política, e independente da política, vai buscar a Justiça”.

“O propósito de tudo é a cassação, já que a situação de hoje desagrada aquele público que me quer longe do poder”, afirmou o progressista.

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