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Política

Bernal cobra aumento de 5% para 30% na suplementação no orçamento

Kleber Clajus | 02/12/2013 09:14
Mesmo querendo ampliar base, Bernal continua pressionando Câmara aprovar projetos encaminhados com falhas (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)111
Mesmo querendo ampliar base, Bernal continua pressionando Câmara aprovar projetos encaminhados com falhas (Foto: Cleber Gellio/Arquivo)111

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltou, nesta segunda-feira (2), a criticar os vereadores pela redução do teto de suplementação de 30% para 5%, afirmando que isso “causa transtorno e prejuízo” à cidade, além de cobrar celeridade na aprovação do Orçamento para 2014 e do PPA (Plano Plurianual). As declarações foram realizadas no Programa Refazenda, da FM Cidade 97,9, momento em que o prefeito também prometeu, para esta semana, o anúncio da ampliação da base de sustentação na Câmara Municipal.

Com orçamento de R$ 2,790 bilhões para este ano, Bernal se mostrou incomodado com o fato do teto de suplementação ter sido reduzido de 30% para 5% e, com isso, ficar sujeito à aprovação de projetos na Câmara. Para ele, tal atitude foi tomada por “vereadores da legislatura passada incomodados com o resultado eleitoral que não lhes foi favorável”.

“Que este ano os vereadores votem a suplementação orçamentária em 30%, além dos projetos que encaminhamos seja rapidamente votados, porque do contrário isso pode gerar prejuízo a nossa cidade”, destacou Bernal no rádio, ao fazer referência a LDO e ao PPA que passam por correção, após erros técnicos cometidos pelo Executivo.

O prefeito ainda prometeu que nesta semana pretende “apresentar os vereadores que estarão trabalhando em favor de Campo Grande”, ao compor sua base de sustentação na Câmara Municipal.

Contraponto – Para o líder da oposição na Câmara, Airton Saraiva (DEM), Bernal está equivocado porque “não teve nenhum prejuízo em relação à suplementação, uma vez que todas as propostas encaminhadas foram corrigidas e aprovadas”.

De acordo com Saraiva, o prefeito também não deveria estar preocupado com o teto de suplementação, uma vez que possui orçamento previsto para o próximo ano de R$ 2,9 bilhões.

“É um direito pedir percentuais, mas a prerrogativa de conceder é da Câmara. Ele também não pode dizer que atrapalhamos a administração, quando corrigimos erros nos projetos e o aprovamos”, ressalta o democrata.

O líder da oposição também lembra que, no caso de ampliação da base, o acordo precisa ser feito pelos partidos.

“Ninguém vai para base sem negociação partidária e espaço para o partido trabalhar. Agora o que o Bernal está buscando mesmo é recuperar o que já perdeu com o PRB, PSDB e o próprio PP, com Waldecy Chocolate”, pontua Saraiva.

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