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Política

Bernal defende MegaServ nos postos e atribui problemas à CPI do Calote

Jéssica Benitez | 28/08/2013 14:27
Prefeito diz que Mega Serv ganhou porque apresentou menor preço (Foto: Cleber Gellio)
Prefeito diz que Mega Serv ganhou porque apresentou menor preço (Foto: Cleber Gellio)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), defendeu a empresa MegaServ, responsável pela limpeza dos postos de saúde da Capital, e jogou a culpa do impasse relacionado à prestadora de serviço na CPI do Calote. O progressista garantiu que mesmo com contestação das empresas, que perderam o pregão, ocorrido ontem, o serviço de limpeza não será suspenso.

“A Mega Serv foi muito atacada pela CPI da Inadimplência e isso acabou atrapalhando um pouco o desenrolar. Toda hora eles pediam a presença de secretários, pediam documentos, ficavam questionando. O serviço estava e continuará sendo executado”, esclareceu.

Bernal afirmou que é uma obrigação do Executivo limpar todas as unidades de saúde, mas não explicitou como fará para dar continuidade ao serviço, já que o contrato emergencial com a MegaSev acabou ontem e a vitória da empresa está sendo questionada devido ao preço baixíssimo cobrado R$ 769 mil.

“Vamos respeitar a legislação. Vamos cumprir a responsabilidade que nos cabe. Vou consultar a Procuradoria Geral do Município e também o Tribunal de Contas do Estado”, disse. Quanto ao processo licitatório, o chefe do Executivo avaliou não haver irregularidades e sim inconformidade por parte dos que perderam.

“A licitação contou com oito empresas e venceu a que ofereceu menor preço, isso se chama princípio da economicidade. Não posso ficar à mercê dos que perderam. O trabalho (da MegaServ) é de qualidade tanto que os postos estão limpos. Os concorrentes não aceitaram porque queriam o contrato”, finalizou.

Contrato emergencial - A MegaServ era a detentora do serviço de limpeza nos postos de saúde da Capital, tendo firmado contrato emergencial com a Prefeitura de Campo Grande no valor de R$ 4,4 milhões, dia 1º de março, com vigência de 180 dias. O prazo de efetivo serviço prestado venceu ontem, mesmo dia em que foi realizado pregão.

A coincidência de datas levou o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Calote da Câmara, vereador Elizeu Dionízio (PSL), a suspeitar de que trata-se de mais uma armação para que se prorrogue a execução emergencial por parte da Mega Serv, já que os postos não podem ficar sem limpeza.

A CPI do Calote considera que a empresa Mega Serv, de Dourados, é uma das empresas de fachada contratadas emergencialmente pelo prefeito. Os vereadores da CPI estranharam o fato de a empresa ser recebido adiantado o valor do contrato, de R$ 4,4 milhões, enquanto outras, como a Total, ficaram com valores retidos, apesar de terem prestado serviço.

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