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Política

Bernal tenta convencer professores e reafirma que greve é ação política

Prefeito diz que enviará hoje ao Legislativo o Projeto de Lei que propõe reajuste de 2,79% aos servidores

Alberto Dias | 27/04/2016 10:42
Prefeito Alcides Bernal falou sobre a greve após reunião na governadoria (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito Alcides Bernal falou sobre a greve após reunião na governadoria (Foto: Marcos Ermínio)

Contrariado com a greve dos professores, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), declarou nesta quarta-feira (27) que conversou com representantes da categoria para explicar que o reajuste de 2,79% “é o permitido no momento”, por conta das restrições em período eleitoral. Segundo ele, o projeto de lei com o índice citado será enviado ainda hoje para a Câmara Municipal.

Após agenda com o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), Bernal disse que conversou com dirigentes da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), em reunião que começou às 18h de terça-feira (27) e adentrou a noite, em busca de um acordo com a categoria. A dificuldade, segundo Bernal, é que a paralisação dos educadores possui cunho político. “Essa greve não é de interesse da categoria. Muitos não querem parar as aulas e esse grupo com intenções políticas quer causar um caos na educação”, justificou.

O prefeito definiu o momento grevista como “uma ação política do presidente da ACP e de alguns diretores de escolas por conta do período pré-eleitoral”. Ele pondera que reassumiu a administração municipal há oito meses e que ainda está reorganizando a gestão e o caixa da prefeitura. “Dentro das possibilidades, conseguimos oferecer 9,57%, índice rejeitado pelos vereadores a pedido de algumas categorias”, finalizou.

Histórico - Bernal voltou a justificar que o reajuste de 2,79% equivale aos percentuais acumulados da inflação de janeiro, fevereiro e março e que não possui condições legais de apresentar índices superiores. Os professores reivindicam reajuste de 11,36%, além dos 13,01% referentes ao ano de 2015, com base na lei 5.411. O impasse continua e a greve nas escolas municipais está prevista para começar na próxima segunda-feira (2).

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