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Política

Câmara deve decidir futuro político de Eduardo Cunha nesta segunda-feira

Deputados federais de MS dizem que vão à sessão e maioria votará sim

Mayara Bueno | 12/09/2016 08:22
Eduardo Cunha terá o destino político definido hoje. (Foto: José Cruz/Agência Brasil).
Eduardo Cunha terá o destino político definido hoje. (Foto: José Cruz/Agência Brasil).

Depois de quase oito meses do processo de cassação contra o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-presidente da casa de leis poderá ter o futuro definido nesta segunda-feira (12), a partir das 19 horas de Brasília. Aliados ainda podem tentar adiar a sessão ou esvaziar o plenário.

O primeiro a falar será o relator Marcos Rogério (DEM-RO), que terá 25 minutos para apresentar os argumentos favoráveis à cassação do mandado de Cunha.

Em junho, a relatoria elaborou parecer, afirmando que Cunha é o dono de pelo menos quatro contas na Suíça e classificando que as como “verdadeiros laranjas de luxo”. As informações são da Agência Brasil.

Os advogados de Cunha também terão 25 minutos para rebater os argumentos de Rogério. O próprio Eduardo Cunha já confirmou que estará pessoalmente na sessão e também poderá se manifestar. Depois de ser afastado da presidência, Cunha renunciou ao cargo. 

Com a conclusão desta fase inicial, os deputados que forem se inscrevendo poderão falar por cinco minutos cada. Mas esta etapa da sessão pode ser interrompida a partir da fala do quarto parlamentar, se houver um acordo e a maioria em plenário decidir pelo fim da discussão.

A votação é nominal e o posicionamento de cada deputado será anunciado abertamente pelo painel eletrônico. São necessários 257 votos, equivalentes à maioria simples dos 513 deputados, para que Cunha perca o mandato como parlamentar.

Os oitos deputados federais de Mato Grosso do Sul confirmaram que vão comparecer a sessão. A maioria vai votar a favor da quebra de decoro parlamentar, tendo única posição contrária de Carlos Marun (PMDB). Irão votar a favor da cassação: Geraldo Resende (PSDB), Elizeu Dionísio (PSDB), Dagoberto Nogueira (PDT), Zeca do PT, Vander Loubet (PT), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Tereza Cristina (PSB).

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