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Política

Caravana de MS acampa perto de estádio para acompanhar julgamento de Lula

No fim da jornada para Porto Alegre, presidente da CUT foi preso e ônibus apreendido

Aline dos Santos | 24/01/2018 11:09
Grupo de MS está acampado no Rio Grande do Sul para defender Lula. (Foto: Direto das Ruas)
Grupo de MS está acampado no Rio Grande do Sul para defender Lula. (Foto: Direto das Ruas)

Com o mantra “eleição sem Lula é fraude” repetido à exaustão, grupo que viajou de Mato Grosso do Sul acompanha nesta quarta-feira (dia 24) em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no TRF 4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Os defensores do ex-presidente estão acampados ao lado do estádio Beira Rio, do Internacional. “Tem muita gente. Não faço noção de quantas pessoas. O clima está legal, pacífico e com muita segurança”, afirma Maria Alzenir da Silva, da CUT Rural (Central Única dos Trabalhadores).

A jornada começou no fim da tarde de segunda-feira (dia 22), quando três ônibus, com média de 120 pessoas, saíram de Campo Grande. Cerca de dez carros particulares também rumaram da Capital, Dourados e Mundo Novo para Porto Alegre.

A viagem tem duração de 25 horas. Conforme a assessoria de imprensa do PT em Mato Grosso do Sul, os veículos foram alugados com contribuição do partido, apoio de entidades, rifa e vaquinha online. O valor não foi divulgado.

O acampamento na capital do Rio Grande do Sul é organizado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), com café da manhã a R$ 5 e almoço por R$ 12.

Prisão – Na madrugada de hoje, um dos veículos, da empresa Outo e Prata Turismo, foi apreendido na região metropolitana de Porto Alegre. “Nosso ônibus estava com um alvará vencido e não poderia ter saído do Estado, mas gente não sabia”, diz Maria Alzenir.

A CUT busca um outro ônibus para retorno dos manifestantes a Mato Grosso do Sul. A vistoria no ônibus também resultou na prisão do presidente da CUT-MS, Genilson Duarte, que tinha mandado de prisão, aberto desde 2015, em uma ação cível relacionada à questão sindical. A reportagem não conseguiu contato com a empresa, com sede no RS.

Julgamento – Nesta quarta-feira, Lula é julgado por três desembargadores federais. Sentença do juiz Sergio Moro, que condenou o petista a nove anos e meio de prisão por receber propina por meio de triplex no Guarujá (São Paulo). Lula recorreu, enquanto o Ministério Público quer aumento de pena.

Se a condenação for confirmada pelo TRF, o ex-presidente poderá ser preso depois que todas as instâncias de recursos acabarem. O resultado também influi nas Eleições 2018, pois Lula já se perfilou como pré-candidato.

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