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Política

Com 450 votos, deputado federal Eduardo Cunha é cassado pela Câmara

Nyelder Rodrigues | 12/09/2016 22:54
Cunha sofreu dura queda em votação massiva pela cassação do mandato dele (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Cunha sofreu dura queda em votação massiva pela cassação do mandato dele (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve o mandato cassado na noite desta segunda-feira (12) pela Câmara Federal, em sessão que acabou às 22h50. A decisão, um massacre de 450 favoráveis e apenas 10 contra - houve também nove abstenções, também tira os direitos políticos de Cunha por oito anos.

Cunha foi à sessão e se defendeu das acusações de que era alvo nestes 11 meses em que tramitou na Câmara - ele negava ser proprietário de quatro contas no exterior, apontadas pela Procuradoria-Geral da República como sendo dele e de seus familiares. Cunha dizia apenas ter trustes.

Dos poucos votos que conseguiu, um deles foi do sul-mato-grossense Carlos Marun (PMDB), um dos poucos que seguiram em defesa de Cunha em todo o processo de cassação e, inclusive hoje, interviu em favor do colega em diversos momentos da sessão. Em dado momento, ele também tentou, sem sucesso, implementar na votação uma pena alternativa à cassação.

A sessão de cassação do mandato de Eduardo Cunha começou às 18h e foi suspensa logo depois pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esperava maior quórum. Na volta, aproximadamente às 19h30, foram abertas as falas de defesa e acusação, feito pelos advogados e os próprios parlamentares.

O deputado carioca afirmou ser alvo de perseguição e que estava pagando caro por ter livrado o país do PT - assumindo claramente que atuou na queda de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República, ato classificados pela esquerda do país como golpe. Ele também disse que foi aberto um grave precedente e que todos investigados poderão sofrer com isso.

Cunha também reclamou da votação ocorrer às vésperas das eleições municipais, situação que faria com que vários deputados federais, que são candidatos a prefeito e por isso cederiam mais facilmente a pressão popular. A inclusão da mulher dele, a jornalista Cláudia Cruz, nas apurações, também foi alvo de reclamação do, agora, ex-deputado federal.

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