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Política

Com atestado “vencido”, Claudinho some, mas só leva falta na semana que vem

Com o “sumiço” de Claudinho, perdura também a incerteza sobre o futuro de Gian Sandim

Por Anahi Zurutuza | 12/09/2024 19:58
Claudinho Serra em plenário durante sessão da Câmara de Campo Grande (Foto: CMCG/Divulgação)
Claudinho Serra em plenário durante sessão da Câmara de Campo Grande (Foto: CMCG/Divulgação)

Venceu nesta quinta-feira (12) a licença do vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra Filho (PSDB), principal alvo da Operação Tromper, em abril deste ano, mas o impasse sobre a volta ou não do parlamentar à Câmara de Campo Grande continua. Até agora, Claudinho Serra não deu notícias ao empregador, o Legislativo municipal.

O mandatário, contudo, só começa a levar faltas se não aparecer na próxima sessão, na próxima terça-feira (17).

Depois de 30 dias de atestado médico, Serra recorreu à licença de interesse particular, não remunerada, pelo prazo de 120 dias. O tempo de afastamento terminou hoje, mas o vereador não procurou a casa de leis para informar se voltará às atividades legislativas, se apresentará novo atestado médico ou vai renunciar ao cargo.

Se faltar a dez sessões sem justificativa, o vereador perde o mandato. “As faltas são dadas nas sessões. Então, nós estamos aguardando aqui, mas por enquanto ele não apresentou atestado”, afirma o procurador jurídico da Câmara, Gustavo Lazzari.

Com o “sumiço” de Claudinho, perdura também a incerteza sobre o futuro de Gian Sandim (PSDB), que substitui o colega tucano desde maio. “Se ele não apresentar nada, vai levar faltar e o Gian Sandim, a partir de terça-feira, não poderá mais ser vereador. Agora, se ele apresentar um atestado, vou manter o Sandim para que o colegiado fique completo”, explica o presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).

A reportagem tentou contato com Claudinho através da defesa dele na esfera criminal, mas não obteve retorno.

Réu - Investigação do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) aponta o parlamentar como o “cabeça” de grupo que lucrava com o desvio de dinheiro público em Sidrolândia. O esquema teria começado quando Claudinho era secretário municipal de Finanças.

No dia 19 de abril, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou 22 pessoas por envolvimento no esquema fraudulento. Além de Claudinho, outras duas pessoas são consideradas líderes: o empresário Ricardo José Rocamora Alves e Ueverton da Silva Macedo, o “Frescura”.

O Gecoc e 3ª Promotoria de de Justiça de Sidrolândia denunciaram Serra por associação criminosa, fraudes em contrato e em licitação pública, peculato e corrupção passiva; Rocamora responde por fraude em licitação e corrupção ativa, assim como “Frescura”, também acusado de peculato.

Também foram denunciados Carmo Name Filho, Thiago Rodrigues Alves, Milton Matheus Paiva Matos, Ana Cláudia Alves Flores, Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa, Luis Gustavo Justiniano Marcondes, Jacqueline Mendonça Leiria, Heberton Mendonça da Silva, Roger William Thompson Teixeira de Andrade, Valdemir Santos Monção, Cleiton Nonato Correia, Edmilson Rosa, Fernanda Regina Saltareli, Maxilaine Dias de Oliveira, Roberta de Souza, Yuri Morais Caetano, Rafael Soares Rodrigues, Paulo Vitor Famea e Saulo Ferreira Jimenes.

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