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Política

Com foco na disputa federal, fundo eleitoral ainda não chegou em MS

Partidos estão abrindo as contas locais para ter acesso aos recursos das direções nacionais

Leonardo Rocha | 20/08/2018 10:48
Recursos do fundo eleitoral vão ajudar nas campanhas em MS (Foto: Arquivo)
Recursos do fundo eleitoral vão ajudar nas campanhas em MS (Foto: Arquivo)

O recurso do fundo eleitoral ainda não chegou na maioria dos partidos em Mato Grosso do Sul. As direções estão acertando a aberturas das contas, após o registro das candidaturas, para viabilizarem os repasses junto às executivas nacionais. Boa parte das legendas vai priorizar os candidatos a deputado federal e Senado, para garantir presença no Congresso Nacional.

O senador Waldemir Moka, presidente interino do MDB, disse que a questão deve ser resolvida nesta semana em Brasília e que em Mato Grosso do Sul, a divisão deve ser mais igualitária. A sua legenda é a que vai receber a maioria parte da fatia (13,64%), dos 1,72 bilhão destinados aos partidos nesta eleição.

O deputado federal Zeca do PT, presidente regional da legenda, também explicou que os recursos ainda não chegaram na direção estadual, mas que os critérios de divisão serão definidas pela executiva nacional. “Não vamos interferir, já vai vir direcionado aos candidatos aqui do Estado”, pontuou.

A direção estadual do PSDB não informou se estes recursos já estão disponíveis, mas o presidente regional, o deputado Beto Pereira (PSDB), já declarou durante as convenções que havia um “acordo” com a executiva nacional, para que fossem adotados critérios próprios em Mato Grosso do Sul, sem que haja preferência por quem concorre a cargos em Brasília.

Prioridade – Já Dagoberto Nogueira (PDT), presidente regional do PDT, explicou que seu partido já definiu que 50% do seu montante fica com o candidato à presidente, no caso Ciro Gomes (PDT), e que o restante será de prioridade aos deputados federais e senadores. “Quem já tem mandato ainda fica um pouco a frente dos demais”.

Mesma decisão do PSD, que com sete anos de existência, vai preferir manter ou ampliar sua base na Câmara Federal. “Esta é a prioridade (deputados federais) definida a nível nacional, que vamos seguir em Mato Grosso do Sul”, disse Antônio Lacerda, presidente regional da legenda, que também adiantou que os recursos ainda não chegaram no Estado. “Estamos na fase da abertura de contas eleitorais”.

O secretário-geral do Solidariedade, Adalto Cândido, inclusive reconheceu que os recursos que chegarem a Mato Grosso do Sul serão direcionados aos candidatos a deputado federal: Paulo Salomão e a Mabel Carneiro da Silva.

Sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em Brasília (Foto: Divulgação - TSE)
Sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em Brasília (Foto: Divulgação - TSE)

Sem recursos – O presidente estadual do PSC, Cláudio Cavol, contou que não haverá recursos do fundo para a legenda no Estado, após consulta que fez na executiva nacional. “Nos disseram que não vai ter recursos para aqui, vamos ter que nos virar com o que temos”. A legenda tem um candidato ao Senado no páreo, o procurador licenciado, Sérgio Harfouche (PSC).

Já Lucien Resende, presidente do PSOL, já espera poucos recursos para as campanhas locais. “A nossa fatia no fundo é pequena, estamos abrindo as contas (eleitorais) para encaminhar à nacional. Além da divisão de cotas, o que vir vamos tentar dividir igual”.

Fundo – De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o fundo eleitoral com R$ 1,72 bilhão serão repartidos entre os partidos seguindo alguns critérios como: 2% divididos de forma igualitária, 35% para as legendas que tem representante na Câmara (Deputados), 48% em relação a proporção na (Câmara) e 15% dividido pelo número (representantes) no Senado.

Em tabela divulgada pela Justiça Eleitoral, o MDB é o partido que vai liderar este repasse, ficando com 13,64% deste montante, seguido pelo PT com 12,36%. Depois aparece o PSDB com 10,83%, a frente do PP que tem 7,63%, e o PSB que completa a lista das cinco primeiras (legendas) com 6,92%.

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