ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 33º

Política

Com previsão de volta ao Senado, Delcídio confirma 'sim' contra Dilma

Parlamentar era líder do governo, foi preso e, após a libertação, divulgou informações comprometedoras sobre o governo Dilma

Mayara Bueno | 18/04/2016 09:49
Senador Delcídio do Amaral (sem partido). (Foto: Arquivo)
Senador Delcídio do Amaral (sem partido). (Foto: Arquivo)

Com a previsão de voltar ao Senado ainda nesta semana, Delcídio do Amaral (sem partido-MS) diz que votará 'sim' pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Aprovado pelos deputados no domingo (17), o processo segue para análise dos senadores, onde deve ser lido e uma comissão montada na terça-feira (17).

Próximo de Dilma até a sua prisão, em novembro passado, enquanto era líder do governo no parlamento, Delcídio revelou uma série de informações em sua delação premiada que implicam a presidente e o ex-presidente Lula (PT) nas tentativas de atrapalhar a Lava Jato, operação que investiga a corrupção na Petrobras. As declarações dele foram determinantes para a abertura do processo, embora os fatos mencionados não foram incluídos no pedido de afastamento.

O senador não foi encontrado, mas a assessoria de comunicação dele confirmou o voto de Delcídio pelo impeachment. Vence, na terça-feira (19), mais uma licença médica do parlamentar, mas ainda não foi confirmado se ele já retorna ao Senado ou renova o afastamento por mais dias.

No parlamento, o senador enfrenta um processo de cassação de mandato. Delcídio do Amaral foi preso sob acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Ele ofereceu R$ 50 mil por mês e um plano de fuga para que o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró não fechasse acordo de colaboração com o Ministério Público. O filho de Cerveró gravou a conversa e entregou o áudio à Justiça, o que resultou na prisão em flagrante do senador. O senador ficou preso por quase três meses e teria fechado acordo dias antes de ser liberado. A partir daí, uma série de escândalos foram divulgados.

No Senado – O processo de afastamento deve chegar no Senado ainda nesta segunda-feira (18) e lido na terça-feira (19). Lá, os parlamentares terão de abrir nova comissão, eleger membros, além do relator e presidente. Depois, eles analisarão o conteúdo e decidirão por maioria simples pela aceitação ou não do processo.

Se aceitarem, Dilma é afastada por 180 dias, se rejeitado, a situação é arquivada. Neste período, em caso de admissibilidade, os senadores farão colherão possíveis provas e documentos, e a presidente se defenderá. No fim, acontecerá um julgamento em conjunto com o presidente do STF. Uma vez aprovando o impeachment, a presidente é destituída definitivamente e o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB) assume de vez o comando do País. Na Câmara, o afastamento foi aprovado por 367 votos a favor contra 137 “não”.

Nos siga no Google Notícias