Contra perdas de R$ 1,5 bi, Reinaldo cobra medidas de Bolsonaro
Governador ainda requisitou alongamento da dívida em 12 meses e pagamento dos prejuízos com a Lei Kandir
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirmou hoje (24) que Mato Grosso do Sul pode perder mais de R$ 1,5 bilhão em receita, devido à crise gerada pela pandemia do coronavírus. Ele participou de videoconferência com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), na qual pediu medidas econômicas de ajuda aos estados, assim como alongar pagamento da dívida com a União em 12 meses.
A conversa por vídeo realizada nesta manhã (24) teve a participação dos demais governadores e ministros do governo federal. Reinaldo contou em vídeo divulgado nas redes sociais que os estados falaram sobre prejuízos já previstos em suas receitas.
“Foi a primeira (conferência) de muitas que virão, e o diálogo aberto com o governo federal foi produtivo e maduro, o presidente (Jair Bolsonaro) ficou de analisar com sua equipe que medidas econômicas serão feitas para ajudar e dar fôlego ao Estado. Mato Grosso do Sul pode perder mais de R$ 1,5 bilhão”, disse o tucano.
Pedidos – Reinaldo afirmou que os governadores cobraram uma previsão sobre quando chegarão equipamentos de saúde, como respiradores, assim como materiais, entre eles as máscaras, que ficaram de ser enviadas pelo Ministério da Saúde.
Também requisitaram que o FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) possa disponibilizar mais “capital de giro” para as pequenas e microempresas, com regras de 12 meses de carência, em 36 parcelas para pagamento. “Eles precisam de alívio e folga financeira”.
Dívida – O presidente disse que a proposta era de alongar o pagamento da dívida em 6 meses, no entanto Reinaldo sugeriu que este prazo chegasse a 12 meses. “Precisamos abrir espaço fiscal para as cadeias produtivas. Estamos recebendo demandas que são justas e pertinentes”.
O tucano novamente pediu a Bolsonaro o pagamento das dívidas aos estados, em relação a “Lei Kandir”, para reforçar os caixas das federações que foram prejudicadas por esta desoneração de impostos. “Ele ficou de fazer uma análise sobre esta questão”.
Setor produtivo – Outro pedido ao Palácio do Planalto foi a definição de regras de funcionamento da cadeia produtiva, para que não haja “desabastecimento” à população. “Não queremos que parem as atividades, principalmente nas industrias, no entanto que haja a devida proteção aos funcionários”.
Reinaldo ainda comentou a importância de “não proibir” o transporte de equipamentos, entre eles os que são enviados para uso pela saúde pública. “Esta questão é fundamental”. O governador explicou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que haverá acesso a novos créditos para os estados e que as medidas (econômicas) serão definidas em breve.