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Política

CPI da Saúde na Assembleia deve ser aberta na próxima semana

Nyelder Rodrigues | 09/05/2013 19:49
Público acompanhou audiência nesta tarde na Assembleia Legislativa (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Público acompanhou audiência nesta tarde na Assembleia Legislativa (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (AL-MS) deve abrir na próxima semana a CPI (Comissão Parlamentar de Investigação) que também vai apurar as denúncias de desvio de recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) no Hospital Universitário (HU) e Hospital do Câncer Alfredo Abrão (HC).

A abertura foi definida hoje após a realização da audiência pública “A terceirização dos serviços de saúde no Mato Grosso do Sul”, que durou 4 horas e contou com a presença de representantes do Governo do Estado, Prefeitura, conselhos estadual e municipal de saúde, associações e demais entidades ligadas ao setor da saúde, além dos deputados.

Um dos proponentes, o deputado Amarildo Cruz, afirmou que espera o apoio de todos os deputados e entidades para que a CPI seja instalada na próxima semana, conforme o regimento interno da AL, e que no prazo de 120 dias sejam verificadas as irregularidades denunciadas na saúde estadual.

Já a secretaria de Estado de Saúde, Beatriz Dobashi, elogiou a audiência, afirmando que é uma oportunidade para a troca de informações. Ela também desejou que a CPI também sugira mudanças e proponha soluções. “Há coisas que não funcionam bem, mas também há muito de positivo no SUS em Mato Grosso do Sul. Não podemos colocar tudo em uma vala comum", alertou.

Conforme o secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, 170 sindicâncias foram instauradas desde janeiro para a análise de contratos na Capital, enquanto o presidente do HC, Carlos Alberto Coimbra, apresentou as contas do hospital e lamentou que até hoje o hospital não disponha de um sistema eficiente de gestão.

Para o deputado Paulo Corrêa (PR), a escolha da empresa que vai prestar assistência ao município deve ser feita por concorrência. “Ninguém vai resolver sozinho a questão da terceirização, mas sem dúvida alguma é importante a publicidade e acompanhamento da sociedade na transparência do processo”, comentou.

Segundo a segunda vice-presidente da Assembleia Legislativa e presidente da Comissão de Saúde Seguridade Social, Dione Hashioka (PSDB), o os parlamentares mostram empenho e disposição em contribuir com a apuração das denúncias e novas proposições.

Lauro Davi sugeriu novas condutas na gestão da saúde sul-mato-grossense, e defendeu a atuação do legislativo. “Não podemos mais conviver com a prática de gestores que não se conduzem de forma ética. Vamos sair daqui hoje com sugestões e uma contribuição incisiva para a saúde, principalmente a pública, em nosso Estado”, finalizou.

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