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Política

CPI prepara relatório final após conseguir bloquear bens da JBS

Relatório deve ser entregue no dia 27 de outubro

Leonardo Rocha | 10/10/2017 12:30
Falta apenas o relatório final para encerrar trabalhos da CPI (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)
Falta apenas o relatório final para encerrar trabalhos da CPI (Foto: Wagner Guimarães/ALMS)

Após conseguir o bloqueio de R$ 730 milhões de bens da JBS, a CPI aberta na Assembleia prepara o relatório final, que deve ser apresentado no dia 27 de outubro, pelo deputado Flávio Kayatt (PSDB). Os parlamentares esperam detalhar todas as provas colhidas contra empresa, durante a investigação realizada.

O presidente da CPI, o deputado Paulo Corrêa (PR), ressaltou que já existem motivos para comemorar, pois ao menos tiveram o aval da Justiça, para bloquear recursos da empresa, tendo a esperança de ressarcimentos aos cofres estaduais, em função da JBS não ter cumprido suas obrigações, nos termos de acordos para receber incentivos.

"Este relatório final vai apresentar as provas e todo material aprovado, diante de 105 mil notas fiscais analisadas pela equipe, em cinco termos de acordo. Depois disto, restará mais três sessões para se votar este documento, que pode ter uma versão suplementar", explicou ele.

Para o vice-presidente da CPI, o deputado Eduardo Rocha (PMDB), ainda se pode recuperar parte destes recursos ainda neste ano. "Quem sabe não temos acesso ao menos a R$ 150 milhões até o final do ano? Que pode ajudar até no pagamento do 13° salário", ponderou.

Eduardo disse que a empresa pode até buscar um acordo, ou um Refis ((Programa de Refinanciamento) sobre o que precisa devolver ao governo estadual. "Se eles optarem por parcelar estes valores, o que interessa é que se recupere este dinheiro de volta".

Bloqueios - A 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais de Campo Grande bloqueou ontem (09) mais R$ 615 milhões da JBS. O que se soma aos R$ 115 milhões que já haviam sido bloqueados anteriormente, pela empresa não cumprir com suas obrigações, como empregos, investimentos e até irregularidades em notas fiscais, para ter acesso aos incentivos.

A determinação judicial atende pedido da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia , que investiga benefícios fiscais concedidos a empresas pelo governo estadual. Em nota, a empresa se manifestou sobre a decisão de hoje afirmando que não tem conhecimento sobre a decisão e, por isso, não irá comentá-la.

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