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Política

Criada a CPI exigida por Bernal, a oposição elege presidente e relator

Zemil Rocha | 10/05/2013 18:27
Primeira reunião da CPI elegeu Flavio Cesar (ao microfone) como presidente (Foto: Izaias Medeiros)
Primeira reunião da CPI elegeu Flavio Cesar (ao microfone) como presidente (Foto: Izaias Medeiros)

A oposição ao prefeito Alcides Bernal (PP) comanda a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Câmara de Campo Grande. Na primeira reunião da CPI, esta tarde, a presidência ficou com Flavio Cesar (PT do B) e para a função de relatora foi eleita Carla Stefanini (PMDB), ambos vereadores que integram a majoritária bancada oposicionista do Legislativo municipal.

Esse resultado já era previsível, visto que apenas dois dos cinco integrantes da CPI participam da bancada fiel ao prefeito Alcides Bernal, os vereadores Marcos Alex Azevedo de Melo, o Alex do PT, e Derly dos Reis de Oliveira, o Cazuza (PP). A maioria dos membros, Flávio César (PT do B), Carla Stephanini (PMDB) e Ademar Vieira Júnior, o Coringa (PSD), é oposicionista e controla a CPI, que foi especialmente exigida pelo prefeito Alcides Bernal (PP).

Na manhã da próxima terça-feira, o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), vai dar conhecimento ao plenário da constituição e eleição do presidente e relatora da CPI. No período vespertino, às 15 horas, a diretoria da CPI apresentará o cronograma dos trabalhos, nomes de algumas das pessoas a serem ouvida e as metas.

A reunião da CPI foi realizada a portas fechadas na Câmara. Segundo o presidente da CPI, vereador Flavio Cersar, apesar da reunião ter durado mais de uma hora, só foi tratada a eleição do presidente e relator. “Essa reunião de hoje foi especificamente para definir o presidente e relator”, garantiu ele.

Como objeto, a comissão vai investigar todo o escândalo que envolve o Hospital do Câncer e o Hospital Universitário, a partir de esquemas fraudulentos da chamada “Máfia do Câncer”.

A criação da CPI aconteceu na última terça-feira (7), numa reação direta a uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo. No domingo, gravações da operação “Sangue Frio”, realizada em 18 de março, foi divulgada na televisão. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, veio às pressas para a Capital e constitutiu uma “Força Tarefa” para investigar as denúncias.

Indagado se a CPI teria algum tipo de limite, o presidente da CPI, Flavio Cesar, respondeu negativamente. “Não existe limite. As investigações se aprofundarão para que todos os fatos sejam apurados”, declarou ele. Questionado se esse comportamento será mantido mesmo que a denuncias cheguem, por exemplo, ao ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), o vereador afirmou: “Investigação é investigação. Todos os fatos que envolvem essa situação serão investigados. CPI é para isso”.

Flavio Cesar disse que, por enquanto, não está definido nome de nenhum personagem do escândalo que será convocado para depor na CPI. “No próximo encontro vamos estar estruturando tudo isso”, revelou.

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