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Política

Delcídio vai decidir sobre requerer mandato após eleições, diz defesa

Liminar de ontem (4) concedida pelo juiz Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara Federal de Campo Grande suspendeu a cassação do ex-senador

Guilherme Henri e Leonardo Rocha | 05/10/2018 09:20
Ex-senador e candidato Delcídio do Amaral(Foto: Marina Pacheco/ Arquivo)
Ex-senador e candidato Delcídio do Amaral(Foto: Marina Pacheco/ Arquivo)

O ex-senador Delcídio do Amaral vai aguardar o resultado das eleições para decidir se pedirá ou não a recondução ao cargo, afirma o advogado Laércio Guilhem. Liminar de ontem (4) concedida pelo juiz Pedro Pereira dos Santos, da 4ª Vara Federal de Campo Grande suspendeu a cassação do ex-senador. Delcídio disputa uma das duas vagas para o Senado pelo PTC.

Conforme o defensor, Delcídio já havia pedido revisão da sentença no próprio Senado e com a liminar de ontem “o candidato pode pedir recondução direta ao cargo”. “Conversei ontem com Delcídio e ficou decidido que ele vai aguardar os resultados das urnas. Se ganhar, Delcídio vai esperar para assumir novo mandato de 8 anos em janeiro. Caso não ganhe, ele pedirá recondução ao cargo”, revela. Porém, caso o candidato peça recondução, o mandato termina em dezembro deste ano.

A Justiça Federal reconheceu, diante da sentença proferida na ação pena inocentando Delcídio, dizendo que as provas são ilegais, suspendendo os efeitos da decisão do Senado.

Delcídio registrou candidatura ao Senado no fim do prazo, em substituição a César Nicolatti. Houve impugnação do pedido, tanto pelo Ministério Público quanto por adversários, e a candidatura ainda não foi homologada, mas Delcídio segue fazendo campanha normalmente.

Histórico - Em julho deste ano, o ex-senador do PT foi absolvido da acusação de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestór Ceveró.

O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal em Brasília, entendeu que não havia provas suficientes para condená-lo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu na mesma ação, também foi absolvido.

Delcídio teve o mandato cassado no Senado e os direitos políticos suspensos por oito anos.

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