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Política

DEM confirma aliança e indica Murilo candidato a vice de Reinaldo Azambuja

Deputado federal afirma que acordo será homologado nesta manhã pelo partido, ainda reticente quanto a composição para a Câmara Federal

Humberto Marques e Mirian Machado | 04/08/2018 09:12
Decisão do DEM será homologada em convenção nesta manhã; Mandetta reforça entrave envolvendo chapa à Câmara Federal. (Foto: Mirian Machado)
Decisão do DEM será homologada em convenção nesta manhã; Mandetta reforça entrave envolvendo chapa à Câmara Federal. (Foto: Mirian Machado)

O DEM confirmou há pouco o apoio ao PSDB nas eleições deste ano em Mato Grosso do Sul, indicando o candidato a vice-governador na chapa em que Reinaldo Azambuja tentará a reeleição. O anúncio partiu do deputado federal Luiz Henrique Mandetta, foi confirmado pela colega congressista Tereza Cristina e será oficializado em breve durante a convenção democrata na manhã deste sábado (4).

“O partido encaminhou a coligação com o PSDB, na qual o partido (DEM) indica o candidato à vice-governadoria, o Murilo Zauith (presidente regional) e agora está em fase final de organização de chapas de federal e estadual, que ainda carecem de ajustes”, disse Mandetta, que chegou a se colocar como candidato a governador a fim de viabilizar o projeto do seu partido.

O DEM vinha negociando também com o MDB, com uma proposta semelhante –Mandetta chegou a ser cotado para vice da candidata Simone Tebet. Contudo, prevaleceu a vontade da maioria do partido exacerbada anteriormente pelo próprio Zauith e os deputados estaduais Zé Teixeira e José Carlos Barbosa, que por diversas vezes se reuniram com Reinaldo e lideranças tucanas para alinhar o discurso.

Calibração – Ainda segundo Mandetta, o DEM terá como prioridade a reeleição de seus dois deputados federais (ele mesmo e Tereza Cristina) e dos estaduais (Teixeira e Barbosinha). O impasse, porém, segue em relação às chapas proporcionais: o deputado federal afirma que há necessidade de “calibrar melhor” as forças, haja vista que os democratas estariam em uma composição ao lado de PSDB, PSD e PP, todos com candidatos a um nov mandato na Câmara dos Deputados ou com nomes de densidade.

Reeleição de Mandetta e Tereza Cristina segue tratada como prioridade no partido. (Foto: Mirian Machado)
Reeleição de Mandetta e Tereza Cristina segue tratada como prioridade no partido. (Foto: Mirian Machado)

“Acho a composição ótima, desde que tivéssemos uma chapa homogênea”, afirma. Mandetta afirma que há nomes com densidade eleitoral alta na composição, citando os deputados federais Fábio Trad (PSD) e Geraldo Resende (PSDB), em busca da reeleição, a vice-governadora Rose Modesto e o deputado estadual Beto Pereira (PSDB).

Mandetta lembra que, em 2014, eram necessários 159 mil votos para eleger um deputado federal, sendo necessário o somatório de votos. Com isso, “você consome quase dois candidatos para fazer um federal”, recordando ainda que Fábio Trad, naquela eleição, obteve 70 mil votos e ficou na terceira suplência por conta dos quocientes eleitoral e partidário –que distribuem os votos entre as chapas. “Esse é um risco, essa chapa está mal calibrada e precisa ser discutido”.

Tereza, na chegada à convenção, também confirmou o entendimento com o PSDB, apontando ainda a necessidade de acertar detalhes das chapas proporcionais.

Zauith reforça opção por melhor projeto e que instabilidade no MDB afastou partidos. (Foto: Mirian Machado)
Zauith reforça opção por melhor projeto e que instabilidade no MDB afastou partidos. (Foto: Mirian Machado)

O que pesou – Presidente regional do DEM, Murilo Zauith ressaltou que a indicação, embora tenha se arrastado por cerca de dois meses, terminou com o partido unificado. “Os quatro deputados estão seguros, tranquilos, e estamos no melhor caminho”, destacou, afirmando ainda ter optado pela vice. “Nos foi proposto ter a vaga de Senado ou vice, fizemos a preferência por ficar no Estado e participar da administração”.

Zauith pontuou, ainda, que os parlamentares do partido terão caminho tranquilo para tentar a reeleição, reforçando ainda a pendência relativa à chapa para a Câmara Federal. Ele destacou que, além de um projeto mais sólido, pesou em favor da aliança com o PSDB o fato de os emedebistas enfrentarem instabilidades no seu projeto após a prisão de André Puccinelli na Lama Asfáltica. “Pesou a insegurança na eleição deles dentro dos fatos ocorridos. Mas é fato vencido, que não se discute mais”.

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