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Política

Deputada avalia convites do PMDB, DEM e PSD para trocar de partido

Tereza Cristina deve deixar o PSB junto com outros descontentes com a postura da legenda diante do governo Temer

Leonardo Rocha | 27/07/2017 11:49
Tereza Cristina reconheceu que deve sair do PSB, com outros colegas (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Tereza Cristina reconheceu que deve sair do PSB, com outros colegas (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)

A deputada federal, Tereza Cristina (PSB), admitiu que está avaliando os convites que recebeu do PMDB, DEM e PSD, para trocar de partido, no entanto ponderou que a intenção é que haja uma decisão coletiva do grupo de parlamentares insatisfeitos do PSB, que resolveram votar a favor da reforma trabalhista, diferente da posição adotada pela legenda.

"Eu não gostaria de sair do PSB, mas existe este impasse e já recebi convites de outros partidos, como PMDB, PSD e DEM, porém ainda vamos conversar com os outros deputados insatisfeitos, para tomarmos uma decisão difícil, por isto ainda estou avaliando", disse a deputada, durante inauguração da nova escola do Senai.

Um grupo de 14 deputados do PSB resolveu votar a favor da reforma trabalhista, apesar da direção nacional do partido ter rompido com o governo Michel Temer (PMDB) e fechado questão contra as reformas. Por esta posição, Tereza foi retirada do comando da legenda em Mato Grosso do Sul, que ficou de forma provisória com o prefeito de Coxim, Aluízio São José.

A deputada de MS ainda se envolveu em uma disputa nos bastidores de Brasília, quando o próprio presidente Michel Temer (PMDB) foi visitá-la para eventual mudança de legenda, a questão gerou repercussão nacional, porque o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também fez o contato para levar o grupo do PSDB para seu partido.

Críticas - A secretaria nacional do PSB, Dora Pires, representado a ala feminina, assinou uma nota pedindo a saída de Tereza, alegando que ela exercia o mandato de forma "individualista", com a defesa apenas dos interesses da bancada ruralista, diferente das questões históricas da legenda.

Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, ressaltou que o partido estava defendendo "posições históricas", contra o governo Temer e as reformas. Ele no entanto ponderou, que caberia aos "dissidentes" decidir se deixariam ou não a legenda, sendo uma "questão pessoal" e não por processo de expulsão.

Tereza Cristina foi eleita com o apoio da ala ruralista do Estado e desde que chegou ao Congresso Nacional, em 2015, assumiu o tema como principal bandeira, tanto que foi eleita vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária da Câmara, e ainda integra a comissão permanente de Agricultura.

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