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Política

Deputada diz que CPI deve convocar produtores e integrantes do Cimi

Leonardo Rocha | 22/09/2015 12:23
Mara Caseiro diz que produtores e representantes do Cimi serão chamados (Foto: Assessoria/ALMS)
Mara Caseiro diz que produtores e representantes do Cimi serão chamados (Foto: Assessoria/ALMS)

A deputada Mara Caseiro (PT do B), proponente da CPI contra o Cimi (Conselho Missionário Indigenista), afirmou que a comissão deve convocar primeiro alguns produtores para prestar depoimentos e apresentar denúncias e depois ouvir integrantes do órgão investigado, que inclusive já foram citados no requerimento de abertura.

“Assim que tiver formado os integrantes da comissão, vamos organizar a ordem dos depoimentos, primeiro os produtores com áreas invadidas, depois membros do Cimi, isto tudo com a aprovação do grupo de trabalho, para apurar as denúncias”, disse ela.

Mara ressaltou que o foco da investigação é a incitação e financiamento de invasões de terras, por parte do Conselho Missionário.

“Desde 1988, na Constituição Federal, foi estabelecido que as terras indígenas deveriam ser demarcadas em cinco anos, fato que não ocorreu, depois pessoas com interesses escusos começaram a incentivar as invasões, em áreas que não pertenciam aos indígenas”, ponderou.

A deputada ainda disse que o Cimi prega uma disputa de ódio entre produtores e indígenas e que todas estas questões serão apuradas. “Quero que eles (Cimi) me provem que estão promovendo o bem para os indígenas, não quero mais presenciar mortes e mulheres e crianças sendo usadas de escudo”.

Integrantes – Com a abertura da comissão parlamentar, o presidente da Assembleia, o deputado Junior Mochi (PMDB), estabeleceu o prazo de 24 horas, para que as bancadas indiquem os representantes para compor a CPI.

O bloco dos partidos indicou dois representantes, a proponente Mara Caseiro (PT do B) e Beto Pereira (PDT). Já o PSDB apresentou o nome de Onevan de Matos. Falta ainda a definição do PT e PMDB, que ainda vão reunir as bancadas para definir a situação.

O deputado Pedro Kemp (PT) alegou inclusive que o partido pode deixar de indicar representante, como forma de protesto, por acreditar que a investigação é inconstitucional, porque não há fato determinado.

Mochi explicou que se o partido adotar este procedimento, então a Mesa Diretora deve reavaliar a composição das bancadas para decidir que partido vai indicar o quinto membro para investigação.

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