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Política

Deputado Fábio Trad diz não endossar indicado para Dnit em MS

Edmir Conceição | 08/01/2012 09:57
Deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS) retira apoio à indicação de Carlos Antonio Marcos Pascoal à superintendência estadual do Dnit em MS.
Deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS) retira apoio à indicação de Carlos Antonio Marcos Pascoal à superintendência estadual do Dnit em MS.

O deputado federal Fábio Trad (PMDB-MS) afirmou que não endossa mais a indicação do engenheiro Carlos Antonio Marcos Pascoal para a superintendência regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em Mato Grosso do Sul. “Diante dessa situação não posso mais endossar a indicação, o coordenador da bancada deve se manifestar”, disse o deputado ao Campo Grande News, surpreso com a informação de que o indicado fora alvo de auditoria por indícios de irregularidades em obras contratadas sob a supervisão de Pascoal, quando ele atuava no Dnit no Pará e Amapá.

Carlos Antonio Marcos Pascoal responde processo no TCU que apurou irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, na divisa de Mato Grosso com o Pará, envolvendo recursos da ordem de meio bilhão de reais. Entre as irregularidades apontadas pelas auditorias estão sobrepreço e superfaturamento por pagamento em duplicidade. Pascoal era supervisor de Construção da Superintendência Regional do Dnit nos Estados do Pará e Amapá. Os contratos foram auditados entre 6 de junho a 29 de julho de 2011.

Segundo despacho do ministro Walton Alencar Rodrigues, assinado em 18 de agosto de 2011, a auditoria apurou que houve falhas na execução e medição de trechos da BR-163-PA, com “deficiência de qualidade, alteração injustificada, superfaturamento decorrente de itens pagos em duplicidade, sobrepreço de quantitativo, liquidação irregular de despesa e fiscalização ou supervisão deficiente ou omissa”.

O Campo Grande News ainda tenta localizar Pascoal, que ao receber a reportagem no dia anterior à descoberta do processo, disponível apenas à CMO (Comissão Mista de Orçamento) da Câmara dos Deputados, não quis fornecer o número de telefones pessoais (celular e residencial).

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