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Política

Deputado quer interferência do governo para que caminhoneiros “abram exceções”

Falta ração para suínos e aves em São Gabriel do Oeste, Vicentina, Glória de Dourados e Ivinhema, afirma Renato Câmara

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 24/05/2018 13:35

Para o deputado estadual Renato Câmara (MDB), está na hora do Governo de Mato Grosso do Sul intervir e pedir de caminhoneiros “abram exceções” nos pontos de bloqueio das rodovias – hoje são 41 interrupções no tráfego. O parlamentar fez apelo na sessão desta quinta-feira (24) para que, por exemplo, as cargas com rações para suínos e aves sejam liberadas.

“Os confinamentos de suínos, frangos e aves de um modo geral estão com problemas em São Gabriel do Oeste, Vicentina, Glória de Dourados e Ivinhema. Está faltando ração para estes animais”, revelou.

O deputado diz que vai pedir a interferência da administração estadual. “Entendo o movimento, é importante para barrar a alta do combustível. Mas os animais vão começar a morrer”.

Já o deputado Rinaldo Modesto (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, afirma que o Executivo estadual pode interferir “muito pouco neste assunto”. “É uma manifestação nacional, tem de haver uma decisão federal. O governador já diminuiu a alíquota do ICMS [Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços] de 17% para 12%, foram seis meses e a prática os preços não caíram, depois o decreto perdeu a validade. O governo já fez a sua parte e não deu certo”.

Transtornos - A greve chegou nesta quinta-feira (24) ao 4º dia consecutivo e o protesto contra o aumento dos combustíveis, principalmente o diesel, já provoca transtornos em vários setores.

O número de bloqueio nas rodovias de Mato Grosso do Sul só aumenta. Só nas BRs são 30 trechos fechados, conforme a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). Impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. A carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

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