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Política

Deputados divergem sobre "voto impresso" nas próximas eleições

Tema foi discutido no Senado Federal nesta semana, com a participação de procurador de Mato Grosso do Sul

Leonardo Rocha | 09/03/2018 11:21
Deputados Eduardo Rocha e Herculano Borges, durante sessão na Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)
Deputados Eduardo Rocha e Herculano Borges, durante sessão na Assembleia (Foto: Assessoria/ALMS)

Após manifestações a favor do voto impresso nas eleições, como do procurador de Mato Grosso do Sul, Felipe Marcelo Gimenez, o assunto também está sendo questionado na classe política. Os deputados estaduais divergem sobre o tema, com alguns achando "retrocesso" e outros dizendo que seria uma ação "mais transparente".

Para Eduardo Rocha (MDB) seria um bom tema para se debater para próxima eleição. "Agora já está em cima da hora, mas quem sabe no futuro? Seria uma boa ter o voto impresso do eleitor, não entendo como retrocesso ter um recibo sobre o voto", disse o deputado.

Já Cabo Almi (PT) defendeu as urnas eletrônicas e justificou que testes foram feitos para averiguar sua autenticidade. "Elas (urnas) têm reconhecimento internacional, acredito que mudar esta forma seria voltar atrás ao aderir novamente ao voto impresso".

Herculano Borges (SD) defende um modelo mesclado, tendo a urna eletrônica, mas algum comprovante para pessoa que votou. "Ainda existem muitas dúvidas nos eleitores, uma mudança traria mais clareza ao processo, além disto prefiro retroceder um pouco, mas ter uma eleição eficaz, sem falhas e muito mais confiável".

O procurador de MS participou nesta semana de uma sessão no Senado, onde defendeu o voto impresso, para que se faça a conferência dos votos. "Um dos pilares da democracia está sendo quebrado. O exercício do voto é secreto, mas a contagem deve ser pública", argumentou.

Enquanto não existe uma decisão definitiva sobre o tema no STF (Supremo Tribunal Federal), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) toma medidas para que ao menos 5% da 600 mil urnas possam emitir o voto impresso.

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